terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O que é um Asteróide


Um asteroide (pré-AO 1990: asteróide)[1] são corpos rochosos e metálicos que possuem órbita definida ao redor do Sol[2], fazendo parte dos corpos menores do sistema solar.
Possui geralmente da ordem de algumas centenas de quilômetros apenas. É também chamado de planetoide. O termo "asteroide" deriva do grego "astér", estrela, e "oide", sufixo que denota semelhança. São semelhantes aos meteoros, porém em dimensões bem maiores, possuindo forma e tamanhos indefinidos.[2]
Já foram catalogados mais de 20 mil asteroides,[3] sendo que diversos deles ainda não possuem dados orbitais calculados. São desconhecidos quase todos os de menor tamanho, os quais acredita-se que existam cerca de 1 milhão. [2]Estima-se que mais de quatrocentos mil possuam diâmetro superior a um quilômetro. Se juntássemos a massa de todos os asteróides conhecidos, ela seria inferior à massa da Lua[2]
Cinturão de asteroides em branco, entre Marte e Júpiter.
Ceres era considerado o maior asteroide conhecido, possuindo diâmetro de aproximadamente 457 quilômetros[4], mas desde 24 de Agosto de 2006 passou a ser considerado um planeta anão. Possui brilho variável, o que é explicado pela sua forma irregular, que reflete como um espelho a luz do Sol em diversas direções.
Os asteroides estão concentrados em uma órbita cuja distância média do Sol é de cerca de 2,1 a 3,2 unidades astronômicas, entre as órbitas de Marte e Júpiter.[4] Esta região é conhecida como Cinturão de Asteroides. No entanto, dentro deste cinturão há diversas faixas que estão praticamente vazias (são as chamadas Lacunas de Kirkwood), que correspondem a zonas de ressonância onde a atração gravitacional de Júpiter impede a permanência de qualquer corpo celeste.
Alguns asteroides, no entanto, descrevem órbitas muito excêntricas, aproximando-se periodicamente dos planetas TerraVênus e, provavelmente, Mercúrio. Os que podem chegar perto da Terra são chamados EGA (earth-grazers ou earth-grazing asteroids). Um deles é o famoso Eros.
Os asteroides troianos constituem outros espécimes particulares de planetoides que orbitam fora do cinturão.
Há muitas técnicas utilizadas para se estudar as características físicas dos asteroides: fotometriaespectrofotometriapolarimetria,radiometria no infravermelho etc. A superfície da maior parte deles é comparável à dos meteoritos carbônicos ou a dos meteoritos pétreos.
De acordo com as teorias mais modernas, os asteroides seriam resultado das condensações da nebulosa solar original, mas que não conseguiram aglomerar toda a matéria em volta na forma de um planeta devido às perturbações gravitacionais provocadas pelo gigantesco planeta Júpiter.[4] Outra teoria afirma que aí existia um planeta, mas que foi destroçado pela sua proximidade comJúpiter.[4]
Muito do conhecimento sobre asteróides vem do exame das rochas e dos fragmentos do espaço que caem na superfície da Terra, destes 92.8 porcento são compostos de silicato (pedra), e 5.7 porcento são compostos por ferro e níquel; o restante é uma mistura dos três materiais.[5]
Asteróides que estão numa rota de colisão com a Terra são chamados meteoróides.[5] Quando um destes atinge a atmosfera em alta velocidade, a fricção provoca a incineração desta porção de matéria espacial, provocando um raio de luz conhecido por meteoro.[5] Se um meteoróide não arde completamente, o que resta atinge a superfície da Terra e é chamado um meteorito.[5]
Meteoritos de pedra são os mais difíceis de identificar porque parecem-se muito com rochas terrestres.[5]

Referências

  1.  Introdução aos asteroides. Views of the solar system. Página visitada em 4 jan 2013.
  2. ↑ a b c d Asteróides. Mundo Vestibular. Página visitada em 4 jan 2012.
  3.  Catalogados mais de 1000 asteroides perto da Terra.
  4. ↑ a b c d Como funcionam os asteróides. ciencia.hsw.uol.com.br. Página visitada em 4 de janeiro de 2013.
  5. ↑ a b c d e Introdução aos Asteróides. Vistas do Sistema Solar, Instituto de Física da UFRGS. Página visitada em 4 jan 2013.

Asteroid 2012 DA14


Russia asteroid Impact

19 February 2013 The first firm details of the 15 February asteroid impact in Russia, the largest in more than a century, are becoming clear. ESA is carefully assessing the information as crucial input for developing the Agency’s asteroid-hunting effort. At 03:20 GMT on 15 February, a natural object entered the atmosphere and disintegrated in the skies over Chelyabinsk, Russia. Extensive video records indicate a northeast to southwest path at a shallow angle of 30° above the horizontal. The entry speed is estimated at around 18 km/s – more than 64 000 km/h. According to calculations by Peter Brown at the University of Western Ontario, Canada, drawing on extremely low-frequency sound waves detected by a global network, the object is estimated to have been about 17 m across with a mass of 7000–10 000 tonnes when it hit atmosphere. It exploded with a force of nearly 500 kilotons of TNT – some 30 times the energy released by the Hiroshima atomic bomb – around 15–20 km above the ground. With our current understanding of near-Earth objects, events of this magnitude are expected once every several of tens to 100 years. Questions and answers with ESA's near-Earth object team Orbit around Sun Nicolas Bobrinsky, Head of ESA’s Space Situational Awareness (SSA) programme, and Detlef Koschny, responsible for the programme’s Near-Earth Object activity, responded to questions about the event. Was this event related to the predicted flyby of asteroid 2012 DA14, which passed Earth at 19:27 GMT that same day at just 28 000 km? DVK: The trajectory, the location of entry into the atmosphere and the large time separation between the two events indicate that the Russian object was unrelated to 2012 DA14. What caused the damage on the ground? Did pieces hit people or buildings? DVK: Many media reported that an airburst caused window breakage and some structural damage in downtown Chelaybinsk. Normally, some damage begins to occur at around five times normal air pressure at sea level. Widespread window damage is expected around 10–20 times this value. As the explosion and fireball progressed along a shallow trajectory, the cylindrical blast wave would have propagated directly to the ground and would have been intense. The terminal part of the explosion probably likely occurred almost directly over Chelyabinsk. This was perhaps the single greatest contributor to the blast damage. We are waiting for confirmation from the Russian authorities that pieces of the object – bits of meteorite – have been found in the region. We’re unaware of any media reports of anyone or any structure being hit by any debris from the object itself.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Approach of Asteroid 2012 DA14

Approach of Asteroid 2012 DA14 from Samford Valley Observatory This movie from the Samford Valley Observatory in Brisbane, Australia, shows the progress of asteroid 2012 DA14 across the night sky as it nears its closest approach. It was taken at 12:59 UTC on Feb. 15 (7:59 a.m. EST, or 4:59 a.m. PST). The movie has been sped up 50 times. Credit: J. Bradshaw › Asteroid and Comet Watch site

Start Me Up


NASA engineers conducted the first in a new round of tests on the next-generation J-2X rocket engine Feb. 15 at Stennis Space Center. The 35-second test continued progress in development of the engine that will provide upper-stage power for NASA's new Space Launch System, which will enable missions farther into space than ever. The SLS Program is managed at NASA's Marshall Space Flight Center in Huntsville, Ala. The new round of tests on J-2X engine number 10002 on the A-2 Test Stand at Stennis ..

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Meteorito dos Urais


Cientistas descobrem fragmentos do meteorito em Urais
Fotografia © Reuters - Chelyabinsk region Interiror Ministry/Handout
Cientistas russos informaram hoje terem descoberto fragmentos do meteorito que se desintegrou junto à localidade de Tcheliabinsk, causando uma onda de choque que provocou mais de mil feridos na sexta-feira nos Urais.
O Governo russo indicou no domingo ter terminado as buscas, depois de mergulhadores terem procurado durante todo o dia um dos fragmentos do meteorito num lago da região, Tchebarkoul, onde aquele alegadamente caiu.
Cientistas da Universidade de Urais, enviados ao local, alegaram terem descoberto cerca de 50 fragmentos perto do lago.
Em comunicado da Universidade, o líder da expedição, Viktor Grokhovski, explica que o fragmento pertence a um meteorito condrito e é formado por 10 % de ferro, salientando que o meteorito deverá ser batizado como "meteorito de Tcherbakoul".
"O facto de termos encontrado estes fragmentos significa que o principal fragmento está no lago", disse Grokhovski, citado pela Interfax.
Um meteorito, que os cientistas russos acreditam que pesava dezenas de toneladas, desintegrou-se na sexta-feira nas imediações da localidade de Tcheliabinsk, com mais de um milhão de habitantes.

Celestial Valentine


Celestial Valentine

Generations of stars can be seen in this infrared portrait from NASA's Spitzer Space Telescope. In this wispy star-forming region, called W5, the oldest stars can be seen as blue dots in the centers of the two hollow cavities (other blue dots are background and foreground stars not associated with the region).

Younger stars line the rims of the cavities, and some can be seen as pink dots at the tips of the elephant-trunk-like pillars. The white knotty areas are where the youngest stars are forming. Red shows heated dust that pervades the region's cavities, while green highlights dense clouds. 

Image Credit: NASA/JPL-Caltech/Harvard-Smithsonian

explosões solares


Flux Ropes on the Sun

This is an image of magnetic loops on the sun, captured by NASA's Solar Dynamics Observatory (SDO). It has been processed to highlight the edges of each loop to make the structure more clear.

A series of loops such as this is known as a flux rope, and these lie at the heart of eruptions on the sun known as coronal mass ejections (CMEs.) This is the first time scientists were able to discern the timing of a flux rope's formation. (Blended 131 Angstrom and 171 Angstrom images of July 19, 2012 flare and CME.)

Image Credit: NASA/Goddard Space Flight Center/SDO

asteróide 2012 DA14


Representação da NASA do asteroide a caminho da Terra
Representação da NASA do asteróide a caminho da TerraFotografia © NASA

asteróide 2012 DA14 atravessou hoje o céu em Sumatra, Indonésia, a apenas 27.860 quilómetros de distância da Terra, tendo a maior aproximação acontecido às 19:24, hora de Lisboa, anunciou a agência espacial americana NASA.

asteróide  com cerca de 45 metros e 130 mil toneladas de peso, é o objeto espacial de maior dimensão que se aproximou mais à Terra desde que a NASA começou, há mais de 50 anos, a seguir o rastro dos asteróides.
A maior aproximação aconteceu quando os relógios em Portugal marcavam 19:24.
Em observatórios astronómicos de várias partes do mundo foi seguido o trajeto do asteróide  visível em países da Europa, África e Ásia mas, principalmente, na Austrália, onde amanhecia na altura em que a rocha espacial passou.
"Os asteróides e os meteoritos contêm material muito diferente daquele existente na Terra. Eles são os blocos de construção do universo", explicou à Agência Efe Joel Blum, professor da Universidade de Michigan.
O 2012 DA14 foi detectado há um ano por astrónomos no observatório La Sagra, em Maiorca, e é do tamanho de metade de um campo de futebol.

NASA quer desenvolver sistemas de alerta de corpos celestes mais eficazes


"O programa da NASA [agência espacial norte-americana] está concentrado há vários anos na deteção de pequenos asteróides e têm sido feitos progressos", afirmou Lindsey Johnson, responsável pelo programa "Near-Earth Object Program Office" (NEOO), citado pela agência francesa AFP.
Segundo o responsável, "há dez anos não era possível detetar o 2012 DA14", o asteróide de 45 metros de diâmetro que, na sexta-feira passada, passou a apenas 27.860 quilómetros de distância da Terra.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Novo planeta habitável a 600 anos-luz da Terra

A NASA confirmou hoje a existência de um planeta na zona orbital habitável do sistema planetário Kepler 22, a 600 anos-luz da Terra, no qual poderá haver condições para a formação de água em estado líquido.



Com esta descoberta, sobe para três o número de planetas fora do sistema solar em zona orbital habitável.
Segundo as agências internacionais de notícias, é a primeira vez que a agência espacial norte-americana confirma a existência de um planeta numa zona orbital habitável fora do sistema solar.
A zona orbital habitável é a região perto de uma estrela que tem as temperaturas adequadas para que exista água líquida, principal componente da vida no 'planeta azul'.
O novo planeta, Kepler 22-b , detetado pela sonda com o mesmo nome, é maior do que a Terra mas desconhece-se ainda a sua composição.
Para os cientistas, no entanto, está cada vez mais próxima a descoberta de um planeta parecido com a Terra. O Kepler 22-b orbita em 290 dias uma estrela semelhante ao Sol, ainda que mais pequena e fria.

À procura de planetas-irmãos
Lançada em março de 2009, a sonda Kepler tem por missão procurar planetas-irmãos da Terra suscetíveis de ter vida, observando mais de cem mil estrelas parecidas com o Sol.
Durante dois anos foram identificados 2326 candidatos a planetas, dos quais 207 com um tamanho aproximado da Terra e 680 com dimensões maiores.
Em maio, o Centro francês de Investigação Científica anunciou que um dos planetas que orbita a estrela-anã Gliese 581 poderá revelar-se 'habitável', com um clima propício à presença de água líquida e de vida.
Já em agosto, astrónomos suíços confirmaram a existência de um outro exoplaneta (planeta fora do sistema solar) em zona orbital habitável, o HD 85512b .


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sonda Phobos-Grunt está perdida, confirma agência espacial russa

A trajectória da órbita da sonda interplanetária Phobos-Grunt muda de forma imprevisível e não há possibilidade de controlar os motores, anunciou hoje a agência noticiosa russa Interfax, citando fonte da indústria espacial.

Não chega informação telemétrica da estação interplanetária 'Phobos-Grunt'. As tentativas de ligar a bordo os motores para a dirigir para a órbita de Marte não deram resultado. Desse modo, não há hipóteses de salvar a sonda", declarou a mesma fonte.
"A situação é de descontrolo. Por outras palavras, a sonda está perdida", sublinhou.
A sonda foi lançada na passada semana, mas não conseguiu deixar a órbita terrestre e rumar à lua de Marte, Phobos.
A agência espacial russa Roskosmos reconheceu que em janeiro o aparelho pode entrar na atmosfera terrestre e desintegrar-se.
A Phobos-Grunt, cuja missão devia prolongar-se por três anos, tinha previsto pousar na lua marciana e efetuar análises e colher amostras que um módulo devia, em seguida, trazer para a Terra em 2014, marcando o primeiro voo de ida e volta ao sistema marciano.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Пуск РКН Зенит с АМС Фобос-Грунт

Sonda Espacial Russa à deriva no espaço

A sonda russa Phobos-Grunt, lançada ontem às 0h16 (20h16 em Lisboa) a partir do cosmódromo Baikonur, no Kazaquistão, apresentou problemas técnicos depois de alcançar a órbita terrestre, encontrando-se de momento à deriva no espaço.
Cerca de 11 minutos depois de se ter separado do foguete de lançamento Zenit-2, a sonda russa não tripulada deveria ter ligado os propulsores que lhe permitiriam seguir a sua rota em direção a Marte. Mas tal não aconteceu.

Os cientistas russos têm agora três dias para tentar reprogramar, a partir da Terra, os motores da Phobos-Grunt. Passado este período, se os propulsores não começarem a funcionar as baterias da sonda já estarão totalmente descarregadas.

"Não direi que foi um lançamento falhado. Esta é uma situação imprevista, com a qual estamos a lidar" declarou Vladímir Popovkin, diretor da agência espacial russa Roscosmos .

Sonda para estudar lua de Marte

A sonda Phobos-Grunt deveria dirigir-se para Phobos, uma das duas luas de Marte, numa missão de três anos que tinha como objetivo recolher amostras de solo e trazê-las de volta à Terra para serem analisadas, determinando se este satélite natural se trata de um asteroide preso na órbita de Marte ou um pedaço deste planeta que de separou depois de uma colisão com outro corpo celeste.

Segundo a agência Roscosmos, tal iria permitir uma melhor compreensão dos processos de formação do sistema solar.

Caso os especialistas consigam recuperar o controlo da sonda, voltando a ligar os seus propulsores, esta deverá alcançar a lua de Marte em fevereiro de 2012, estando o seu regresso à Terra previsto para agosto de 2014.
A última missão interplanetária russa bem sucedida remonta aos tempos da União Soviética, em 1986, quando as sondas Veja exploraram o planeta Vénus e o cometa Halley.

Veja o vídeo do lançamento da sonda Phobos-Grunt:

terça-feira, 8 de novembro de 2011

NASA capta novas imagens do asteróide que se aproxima da Terra

O asteróide 2005 YU55, com 400 metros de diâmetro, deverá “rasar” a Terra hoje cerca das 23h30 e a NASA captou uma imagem quando este estava a pouco mais de um milhão de quilómetros de distância.
A imagem foi captada na segunda-feira, às 19h45, pelos radares da Agência Espacial americana (NASA) em Goldstone, Califórnia, quando o asteróide se encontrava a 1,38 milhões de quilómetros da Terra.
As antenas de Goldstone estão voltadas para o YU55 desde 4 de Novembro e assim deverão continuar até ao dia 10. Este é um dos 1262 asteróides com mais de 150 metros de diâmetro que a NASA considera serem potencialmente perigosos.
Ainda assim, os astrónomos garantem que não há qualquer risco de o asteróide – que também está a ser seguido pelo Radar Planetário Arecibo (Puerto Rico) – acertar na Terra ou na Lua. A rota do YU55 vai passar no ponto mais próximo da Terra a 324.600 quilómetros de distância do centro do planeta, ou seja, a uma distância menor do que a que existe entre a Terra e a Lua (384.000 quilómetros). “A influência gravitacional do asteróide não terá qualquer efeito detectável na Terra, incluindo marés ou placas tectónicas”, garante a NASA, num comunicado desta terça-feira.
O YU55 já é um "asteróide razoável", disse o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, ao PÚBLICO. "No caso de um choque eventual, hipotético - que não vai acontecer -, teria efeitos menos interessantes. Tudo porque tem muita massa e há muita energia cinética em jogo. Segundo cálculos muito simplistas, se toda essa energia fosse convertida numa explosão, a energia equivaleria a cerca de 30 bombas nucleares".
Em Portugal, o Observatório não vai acompanhar a passagem do asteróide por causa das más condições meteorológicas. "As condições de observação não são favoráveis", disse Rui Agostinho.

Passagem do asteróide é oportunidade única para astrónomos
Esta é considerada uma oportunidade especial para os astrónomos, porque desde 1976 que nenhum corpo passava tão perto da Terra e só em 2028 voltará a repetir-se um fenómeno semelhante. Mas para conseguir ver o asteróide é preciso um telescópio com uma lente de, pelo menos, 15 centímetros.
Estes são objectos muito pequenos, "muito difíceis de estudar" e "o facto de termos um asteróide assim tão próximo da Terra, com brilho suficiente, é uma oportunidade única que nos permite classificá-lo com maior rigor", através de imagens de radar, como a do radio-telescópio de Arecibo, acrescentou Rui Agostinho.
Ainda assim, o conhecimento sobre o YU55 "já é de grande qualidade", tendo em conta que apenas foi identificado em 2005. "Este costuma estar entre Vénus e Marte, numa órbita muito estável que cruza a do planeta Terra", por exemplo. Esta é a altura ideal para estudar a sua composição mas, principalmente, a evolução da sua órbita.
Observações feitas no ano passado pelos radares de Arecibo permitem saber que o asteróide tem uma forma mais ou menos esférica e faz uma rotação lenta, a cada 18 horas. Também se sabe que é do tipo C, ou seja, é rico em carbono e terá um ar poroso e muito escuro. Segundo o que já foi observado, o asteróide está cheio de crateras.
Segundo a NASA, todos os dias a Terra é "pulverizada" com mais de 100 toneladas de material libertado pela passagem de asteróides e cometas, mas a maioria é apenas poeira e partículas muito pequenas. Rui Agostinho referiu que a passagem destes corpos celestes "não é tão rara como se pensa". Existe uma "família de asteróides na zona interior do sistema solar", acrescentou.

Notícia actualizada às 12h25 com declarações do director do Observatório Astronómico de Lisboa.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

China prestes a efetuar primeira acoplagem espacial

A China deu ontem mais um passo na conquista espacial. O lançamento da nave não tripulada Shenzhou-8 foi bem sucedido e a sua acoplagem com o laboratório espacial chinês Tiangong-I, em órbita desde final de setembro, está prevista para daqui a dois dias.

Os lançamentos das naves Shenzhou e respetivas acoplagens com o laboratório espacial são etapas essenciais para o início das atividades da primeira estação espacial chinesa, prevista para 2020.
Shenzhou-8 foi lançada ontem às 5h58 locais (21h58 em Lisboa) da base espacial de Jiuquan, no noroeste de China, um lançamento que foi transmitido em direto pela televisão estatal CCTV.
Estação espacial à vista
O procedimento de acoplagem é essencial para o sucesso da futura estação espacial da China, o que faz de Tiangong I um local de teste para as missões das naves Shenzhou.

A Estação Espacial Internacional, atualmente em órbita, funciona com a colaboração de cinco agências espaciais (NASA , Roscosmos , ESA , JAXA e CSA ), não incluindo a agência espacial chinesa CNSA .

Veja o lançamento da nave Shenzhou-8 e a simulação da sua acoplagem:

Asteroide aproxima-se da Terra na próxima semana

Última passagem de um asteroide de grande dimensão pela Terra ocorreu em 1976. Especialistas afirmam não haver qualquer perigo para o planeta.


Ana C. Oliveira (www.expresso.pt)


14:17 Quarta feira, 2 de novembro de 2011


O asteroide vai passar a uma distância de 325 mil quilómetros da Terra

NASA


O asteroide 2005 YU55, com 400 metros de largura, irá passar junto à Terra no dia 8 de novembro, não representando qualquer risco para o planeta, refere a notícia divulgada pela NASA .
A trajetória do 2005 YU55 será a mais próxima à Terra dos últimos 200 anos, apesar da órbita do asteroide o trazer várias vezes às proximidades do nosso planeta, de Marte e de Vénus. A uma distância de 325 mil quilómetros, o 2005 YU55 estará mais próximo da Terra do que a própria Lua.
A última vez que um asteroide desta dimensão se aproximou do nosso planeta foi em 1976 e prevê-se que a passagem de outro de semelhante envergadura ocorra apenas em 2028.
Cientistas aproveitam para estudar o 'visitante'
Os cientistas da NASA vão aproveitar a passagem do asteroide 2005 YU55 pela Terra para seguir de perto a sua trajetória e obter imagens que permitam estudar a sua superfície, forma, dimensão e características várias.
A observação da agência espacial norte-americana terá início na próxima sexta-feira, durante duas horas, através da utilização de uma antena de 70 metros, localizada nas instalações da NASA na Califórnia (Deep Space Network - Goldstone). A observação deverá continuar entre os dias 6 e 10, durante pelo menos quatro horas por dia.
O asteroide também será analisado pelo radar do Observatório de Arecibo, em Porto Rico.
Todos os astrónomos amadores que pretendam ver o asteroide poderão fazê-lo através de um telescópio com uma abertura de pelo menos 15 centímetros, refere a NASA.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Rede de telescópios tira partido da “inteligência colectiva”

Projecto «Gloria» permite que internautas de todo o mundo investigam astronomia a partir do seu computador

2011-10-20

Projecto nasce da experiência do Observatório Astronómico de Montegancedo

Uma rede mundial de telescópios robóticos à qual se pode aceder gratuitamente através da Internet e que permite a qualquer pessoa conectar-se e compartilhar tempo de observação está a ser desenvolvida num projecto europeu que acaba arrancar na Faculdade de Informática da Universidade Politécnica de Madrid (FIUPM).
O projecto chama-se «Gloria» (GLObal Robotic telescopes Intelligent Array for e-Science) e será uma ferramenta para quem quiser investigar astronomia, seja através da utilização dos telescópios, seja analisando dados astronómicos disponíveis em bases de dados públicas. A duração do projecto será de três anos e custará 2,5 milhões de euros.

O projecto nasce da experiência do Observatório Astronómico de Montegancedo, situado na FIUPM. Este foi o primeiro observatório astronómico do mundo com acesso livre e gratuito, controlado remotamente através de um software denominado Ciclope Astro, que será também utilizado pela rede mundial de telescópios.

Ciclope Astro fornece uma série de ferramentas que permitem realizar experiências astronómicas, criar cenários e controlar os telescópios e as câmaras. Francisco Sánchez, director do Observatório de Montegancedo, é também o coordenador deste projecto em que participam 13 associados da Rússia, Chile, Irlanda, Reino Unido, Itália, República Checa, Polónia e Espanha.
O primeiro dos 17 telescópios estará disponível na rede daqui a um ano. Todos eles vão partilhar o mesmo software. Além dos telescópios também serão desenvolvidas experiências de usuários, coordenadas por uma equipa da Universidade de Oxford, que criou o Galaxy Zoo, iniciativa online que convida os seus membros a classificar galáxias.

«Gloria» vai também organizar actividades escolares para atrair a atenção de novos usuários. O projecto propõe aglutinar pessoas de todo o mundo interessadas em astronomia com a finalidade de tirar partido da “inteligência colectiva” e potenciar a sua participação na investigação astronómica a partir da análise de dados e das próprias observações.