terça-feira, 31 de março de 2009

Seis isolam-se em simulador de voo espacial

Durante 105 dias de experiência serão estudados os efeitos físicos e psicológicos de futura viagem até Marte
00h30m
EDUARDA FERREIRA
A simulação de condições vividas numa viagem até ao planeta vermelho vai agora ser feita por meia dúzia de homens, isolados durante mais de três meses. Mas esta é só a antecâmara de outra experiência, essa com 520 dias de duração.
As agências espaciais russa e europeia estão já a fazer a contagem decrescente para uma missão assente na Terra, mas com os parâmetros de uma viagem espacial. Marte é o "destino".
Hoje, seis homens dão entrada numa cápsula e só sairão dela 105 dias depois. Ao longo desses mais de três meses, os participantes na experiência ficarão fisicamente isolados do exterior e serão sujeitos a circunstâncias que, em princípio, replicam as de uma viagem até ao planeta vermelho. Mas esta é apenas uma primeira experiência. Para o final do corrente ano está prevista uma "viagem" similar, só que com cerca de 500 dias de duração.
Os seleccionados para a missão são quatro russos, um alemão e um francês, estes dois últimos por parte da Agência Espacial Europeia (ESA). Eles têm especializações muito diversas, desde a medicina à psicologia desportiva, passando pela pilotagem e pela engenharia mecânica. Dois dos russos são cosmonautas.
O prolongado teste conta com um significativo grau de protagonismo da Roscosmos, a agência espacial russa, e tem a participação da Academia Russa de Ciências. A faceta prática da análise de comportamentos psicológicos e somáticos será supervisionada pelo Instituto Russo de Problemas Biomédicos.
Os desafios colocados pressupõem uma semelhança com os que um astronauta se poderá defrontar numa longa viagem espacial. Até haverá situações de emergência simuladas. A capacidade de resposta de cada indivíduo e da equipa será testada também por um outro factor: o som demorará cerca de 20 minutos a percorrer a distância Terra-Marte e vice-versa.
Esta missão simulada, com a designação Marte500, não dá muita liberdade de movimentos aos participantes. Nos 200 metros quadrados de área (ver texto em baixo) haverá uma pequena parcela que reproduz a superfície do planeta vermelho, que permitirá algum exercício.
Mas se o objectivo é o de observar e analisar os efeitos de um confinamento prolongado de meia dúzia de indivíduos, a cápsula não engana: todos os participantes sabem que vão ser filmados de todos os ângulos como se estivessem a sujeitar-se ao escrutínio público de um programa de televisão do tipo "Big Brother". A experiência de 105 dias fornecerá muitas pistas indicativas dos comportamentos que serão levados a situações mais extremas na experiência subsequente, com 520 dias de permanência na cápsula.
O estudo de Marte, tal como o de Vénus, é um dos grandes desígnios da Agência Espacial Europeia, que os explora em missões próprias ou em parceria. A Rússia, a Índia e o Japão têm sido alguns dos aliados, a par da Agência Espacial Norte-Americana, a NASA.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Asteróide passou pela Terra sete vezes mais perto do que a Lua

O asteróide DD45, com 30 a 40 metros de diâmetro, passou na segunda-feira a 60 mil quilómetros do sueste do Pacífico, sete vezes mais perto do que a Lua, informa a imprensa australiana
A passagem do meteorito surpreendeu os astrónomos, que não esperavam que passasse tão perto do nosso planeta, referem os média.
«Nenhum objecto desse tamanho ou maior tinha sido observado tão perto da Terra» , disse Rob McNaught, cientista do observatório australiano de Siding Spring.
O 2009/DD45 é o asteróide que mais se aproximou da Terra desde 1973, segundo o astrónomo Peter Brown, da Universidade de Ontário, no Canadá, e tem um tamanho semelhante àquele que arrasou cerca de 2.000 quilómetros quadrados de bosque na Sibéria em 1908.
McNaught, contratado pela NASA, detectou o 2009/DD45 na noite de sexta-feira, 27 de Fevereiro e determinou que «por pouco» não atingiria a Terra na sua trajectória.
Cerca de mil asteróides estão classificados como potencialmente perigosos na sua passagem pela Terra ao longo da história.
Segundo McNaught, a probabilidade de que um meteorito de mais de um quilómetro de diâmetro colida com a Terra é de um em vários milhões de anos, enquanto a possibilidade de despenhar um corpo de menor tamanho mas capaz de põe em perigo uma cidade inteira é de um em várias centenas de anos.
Lusa / SOL

segunda-feira, 2 de março de 2009

Vídeos super interessantes

http://dsc.discovery.com/video/player.html?bclid=1588003250


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