quarta-feira, 14 de novembro de 2007



A Terra nasce sobre a superfície da Lua, conforme se pode ver neste frame de um vídeo gravado a bordo do explorador lunar japonês Kaguya. ©Reuters

domingo, 11 de novembro de 2007

Choque de asteróide temido para 2029

Vários deputados norte-americanos acusaram a NASA de negligenciar a vigilância dos asteróides. Os parlamentares alegam que a Terra poderá ser atingida perigosamente por um deles em 2029. A agência especial assegura, no entanto, que os riscos são mínimos. Segundo os deputados da Sub-Comissão da Câmara de Representantes do Espaço e da Aeronáutica, um asteróide, nomeado "Apophis", com 250 metros de diâmetro, poderá aproximar-se perigosamente da Terra em 2029. Aliás, foi esse risco que fez com que, em Fevereiro passado, o Congresso norte-americano pedisse à NASA para reforçar a monotorização do "Apophis" (que, em grego, significa "destruidor"). É que, segundo diziam na altura cientistas de todo o mundo, um impacto do asteróide também designado por 2004 MN4 poderia desintegrar uma extensão da terra do tamanho da ilha de Sicília. Nove meses depois, os deputados norte-americanos consideram insuficiente a forma como a NASA tem vindo a monotorizar o "Apophis". De acordo com o deputado Tom Feeney, os números da agência espacial norte-americana indicam que, ao todo, poderão ser 20 mil os pequenos objectos cósmicos a "tocar" a superfície do planeta e causar danos de dimensão regional. "Possibilidade, zero"Donald Yeomans, responsável da NASA encarregue do programa de vigilância dos asteróides, garante, contudo, que existe uma probabilidade em 45 mil de o "Apophis" atravessar um "buraco gravitacional" e atingir a Terra em 2036 (e não em 2029 como os deputados alegam). "É uma situação muito improvável e cuja possibilidade é, sem dúvida, zero", assegurou Yeomans.Todos os anos, a NASA consagra 2,7 milhões de euros para a vigilância dos corpos menores do sistema solar. Mas só observa preventivamente os asteróides com mais de um quilómetro de diâmetro, já que considera que são "muito ínfimos" os riscos de um asteróide do tamanho do que "apagou" os dinossauros da Terra atingir novamente o planeta.Segundo a agência espacial, os asteróides capazes de provocar a extinção da humanidade, com pelo menos 10 km de diâmetro serão ainda mais raros.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Observatório descobre origem dos raios cósmicos



Já se sabe de onde vem a chuva de raios cósmicos que chega à Terra. Os físicos do Observatório Pierre Auger publicam esta sexta-feira, na revista Science, as conclusões de um estudo que fez o rastreio dos céus à procura do sítio de onde parte esta fonte de alta energia metida em pequenas partículas. Nesta investigação estão também envolvidos cientistas portugueses.
( 19:26 / 08 de Novembro 07 )



O Observatório Pierre Auger é um consórcio de cientistas oriundos de 17 países e no qual Portugal está presente através do Laboratório de Física Experimental de Partículas, o LIP, liderado por Mário Pimenta, e que assim tem acesso ao maior detector de raios cósmicos do mundo.Os raios cósmicos de muito alta energia são partículas que chegam à terra com energia um milhão de vezes mais alta do que aquela que é possível alcançar num acelerador de partículas. A existência destes raios cósmicos foi assinalada há cinquenta anos e, desde então, se pergunta de onde vêm estes raios. Parte da reposta foi desvendada pelo trabalho desenvolvido pelo Observatório e é amanhã divulgada na revista Science.Os dados recolhidos no Observatório Pierre Auger indicam que as fontes dos raios cósmicos mais energéticos que chegam à Terra não estão uniformemente distribuídas no Espaço Celeste mas coincidem antes com a localização de galáxias próximas que contêm buracos negros activos nos seus centros.

370 físicos

09.11.2007, Teresa Firmino
Em 1912, um físico descobriu que eles existiam. Em 1938, outro físico observou a chuva de partículas que provocam quando batem na atmosfera terrestre. Em 2007, um batalhão de cientistas, incluindo 11 portugueses, descobriu finalmente a fábrica onde são produzidos os raios cósmicos mais raros
Durante o último ano, a descoberta teve o carimbo de "top secret". Não por recearem que alguém se apropriasse dela indevidamente, mas porque queriam certificar-se do que tinham observado. Seria embaraçoso fazer uma grande revelação sobre os enigmáticos raios cósmicos que, afinal, não passasse de um grande equívoco.Agora, os mais de 370 físicos que andaram à caça da forma mais rara de raios cósmicos - aqueles que têm mais energia - encontram-se em condições de revelar o segredo que tão bem guardaram, num artigo com direito a capa na edição de hoje da revista Science. A descoberta é sobre a origem desses raios: vêm de buracos negros monstruosos, que se encontram activos no centro de algumas galáxias."As pessoas não sabiam de onde vinham os raios cósmicos com maior energia. É uma daquelas questões com que se sonha há 100 anos", diz o português Mário Pimenta, um dos 370 caçadores de raios cósmicos, que chefia os dez cientistas portugueses envolvidos no projecto. Foi o físico austro-americano Victor Hess quem descobriu, em 1912, os raios cósmicos, partículas invisíveis que bombardeiam a atmosfera da Terra, durante experiências com balões. Por tal descoberta receberia o Nobel da Física de 1936.Tudo o que vem do espaço não é, porém, "raios cósmicos". Numa representação do espectro electromagnético, com a luz visível aos olhos humanos ao centro, ladeada à direita pela radiação infravermelha e à esquerda pela ultravioleta, os raios cósmicos surgem no extremo esquerdo, para além mesmo dos raios gama, em termos de energia.Em 1938, o francês Pierre Auger foi quem primeiro observou os efeitos da chegada ao nosso planeta desses raios que atravessam o universo quase à velocidade da luz: quando chocam com as moléculas no topo da atmosfera, a cerca de 20 quilómetros de altitude, originam uma chuva de partículas secundárias, que depois atingem a superfície da Terra e cobrem dezenas de quilómetros quadrados. Somos permanentemente atravessados por essa chuvada de partículas. Mas os raios cósmicos não são todos iguais. Aqueles que têm baixas energias são abundantes, vêm de todas as direcções, principalmente de estrelas no interior da nossa galáxia, a Via Láctea, e sabe-se que são protões e núcleos de átomos pesados. Apesar disto, a única fonte de raios cósmicos conhecida com exactidão, até agora, era o Sol, sublinha Paul Mantsch, o chefe da vasta equipa, num comunicado. Há ainda aqueles raios cósmicos que os cientistas consideram como diamantes, os tais mais energéticos. Possuem uma energia igual à de uma bola de ténis lançada com uma velocidade de 205 quilómetros por hora. Pode parecer pouco, mas é uma quantidade de energia colossal para um grãozinho que é cerca de dez biliões de vezes (10.000.000.000.000) mais pequeno do que uma bola de ténis. "Eles são 100 milhões de vezes mais energéticos do que aquilo que se produz nos aceleradores de partículas mais potentes da Terra", refere um comunicado. Armadilha na ArgentinaO problema é que estas bolinhas cósmicas são tão raras que, durante um século, apenas uma por quilómetro quadrado atinge a atmosfera. O que explica por que razão alguns dos mistérios que as rodeiam - de onde vêm?, de que são exactamente feitas? - tenham persistido durante quase um século.Havia que caçá-las, coisa que os cientistas têm procurado fazer. Mas como chegam tão poucas, para apanhar uma quantidade expressiva, só com uma armadilha gigantesca. A ideia para construir essa armadilha partiu de dois físicos, em 1992: Alan Watson, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, e James Cronin, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Hoje, essa armadilha é conhecida pelo nome de Observatório Pierre Auger, na Argentina, um projecto que começou a ser construído em 1999.Os restos de um banqueteNo início de 2004, o observatório iniciava a caçada e há cerca de um ano surgiam já os primeiros resultados. Tinha-se apanhado uma dezena de raios cósmicos altamente energéticos - ou será que não se tinha?"As pessoas tiveram muitas dúvidas, por isso esteve no segredo dos deuses, para termos a certeza dos dados", conta Mário Pimenta, um dos directores do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP). Ao longo do último ano, reuniram provas e hoje "desclassificam" a descoberta de 27 raios cósmicos ultra-energéticos ou, como dizem os físicos, de 27 "acontecimentos". Nunca antes se tinham detectado tantos raios cósmicos com tanta energia como esses. Há um motivo para a preferência dos cientistas por raios cósmicos ultra-energéticos: são esses que deixam um rasto desde a sua fonte de origem. Quase não são desviados pelo campo magnético da nossa galáxia, pelo que a direcção de onde vêm no cosmos não é perturbada, ao contrário do que acontece com outros de mais baixa energia. Ora, o rasto dos 27 raios cósmicos conduziu os cientistas até a "núcleos galácticos activos", como se chamam os buracos negros supermaciços no centro das galáxias. Estes buracos negros colossais, de que se conhecem 318, já estavam entre os suspeitos. Estavam à espera de um resultado tão cedo? "Não. Ninguém esperava que nos primeiros "acontecimentos" houvesse uma correlação tão nítida [entre raios cósmicos ultra-energéticos e aquele tipo de buraco negro]", responde Mário Pimenta. Estes buracos negros têm algo como um milhão a 1000 milhões de vezes a massa do Sol, o que os torna sugadores de quantidades descomunais de matéria. Na nossa galáxia também mora um desses monstros, com três milhões de massas solares, mas não é um núcleo galáctico activo. Se fosse, não estaríamos cá ("são fontes de radiação muito intensas, incompatíveis com a vida"). Só um por cento das galáxias alberga um destes devoradores, resultantes, por exemplo, da colisão com outra galáxia. Enquanto se banqueteiam, estes buracos negros produzem raios cósmicos: "A matéria na vizinhança do buraco negro é atraída para ele e acelerada a grande velocidade. Nesse processo, uma pequena parte acaba por ser ejectada."O que sãoAssim, o que os mais de 370 físicos captaram no topo da atmosfera da Terra são nada menos do que os restos do jantar de buracos negros próximos da Via Láctea (em termos cósmicos, é claro), a 326 milhões de anos-luz. Quais ossos de frango no caixote do lixo, essas sobras chegam sob a forma de protões, outro mistério agora esclarecido. "Estamos a responder à questão de onde vêm. E o que são. Como são produzidos é que não sabemos ainda. O mecanismo exacto não é conhecido. É o mistério que fica", diz Mário Pimenta. "Agora começamos a compreender os processos violentíssimos que ocorrem nas galáxias vizinhas e vamos aprender mais sobre os buracos negros e o seu papel na evolução do universo", acrescenta James Cronin num comunicado. Já se olhava para o universo de muitas maneiras; via-se a sua luz visível, os infravermelhos, ultravioletas, ondas de rádio, os raios X... e agora pode ver-se pelo prisma dos raios cósmicos.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Estação Espacial Internacional e Discovery vão estar visíveis amanhã no céu da Europa


Ver a Estação Espacial Internacional (ISS) a voar em formação com o Space Shuttle Discovery que regressa a casa e se prepara para aterrar na Florida é uma oportunidade rara mas que se tornará real na madrugada de amanhã.
Entre as 6h30 e as 6h37 de Lisboa a ISS, seguida de perto pelo Discovery, voará ao longo de uma linha que passará por Cádis e Barcelona (Espanha), Marselha (França), Turim e Milão (Itália), em direcção à Áustria. Os residentes em Paolo Nespoli, em Verano Brianza, perto de Milão, deverão ter uma visão clara deste acontecimento quando acordarem. Os mais madrugadores na Sicília, sul de Itália, e na Grécia, poderão observá-la em órbita ou 90 minutos mais cedo, entre as 4h29 e as 5h03 de Lisboa, em Itália, ou entre as 4h59 e as 6h03 de Lisboa, na Grécia.O Discovery, com a missão denominada STS-120, partiu da Estação Espacial ontem, dia 5 de Novembro, às 10h32 de Lisboa, e está previsto que aterre na Florida amanhã às 6h02 de Lisboa.O Discovery partiu para o espaço no passado dia 23 de Outubro. Pela segunda vez na história dos 23 lançamentos em direcção à ISS, de um total de 120 voos, uma mulher, Pamela Melroy, foi a líder do grupo e o italiano Paolo Nespoli, representante de Agência Espacial. A missão de 14 dias envolvia a entrega do Módulo 2, Harmony de 14,3 toneladas, que será a casa dos laboratórios de investigação Colombo (europeu) e Kibo (japonês). Foi ainda instalada uma nova antena solar que permitirá aumentar a produção eléctrica da estação, algo essencial para a investigação a bordo. Apesar de na instalação da nova antena se ter danificado um painel solar de uma outra antena o problema foi solucionado. A missão este sempre envolvida em polémicas relacionadas com a segurança, isto depois do acidente com o Columbia em 2003.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Aquecimento global
















Furacões






O olho do furacão- foto tirada por avião que o sobrevoava





Furacão Katrina






Estrutura do furacão




As melhores fotos do espaço









































































































Imagem de Saturno em 13 de Janeiro de 2005