quinta-feira, 29 de maio de 2008

phoenix em Marte


A foto mostra a bandeira dos EUA e um mini-DVD sobre a plataforma da sonda Phoenix Mars Lander, cerca de um metro acima da superfície de Marte. Foto: Reuters/NASA

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Falhas no rádio cortaram comunicação entre a sonda e a NASA


http://www.nasa.gov/mission_pages/phoenix/main/index.html


Phoenix prepara-se para escavar Marte
Problemas no sistema de rádio, de causas ainda desconhecidas, impediram ontem que a NASA emitisse ordens à sonda Phoenix, que aterrou segunda-feira em Marte. (Veja o vídeo da NASA no final do texto)



Maria Luiza Rolim
15:47 Quarta-feira, 28 de Mai de 2008



A Phoenix levou um DVD como souvenir para os marcianos
A NASA ficou impedida ontem de estabelecer comunicação com a sonda Phoenix, por causa de falhas no sistema de rádio. O problema foi considerado de segunda ordem, embora tenha feito com que os responsáveis da agência espacial não dessem as ordens para que a sonda começasse a mover lentamente o braço articulado (destinado a colher amostras), programadas para o segundo dia da missão em Marte.
As causas das falhas no sistema de comunicação ainda não foram determinadas, embora pareçam ter sido provocadas por um raio cósmico. Entretanto, a NASA voltou hoje a utilizar o sistema de rádio através do satélite Odyssey - em órbita ao redor de Marte - para enviar ordens à sonda. O mesmo sistema que serviu para que a agência monitorizasse cada etapa da aterragem da Phoenix, e transmitisse informações para a Terra.
Phoenix em busca de água
A Phoenix, que aterrou no extremo norte de Marte depois de viajar mais de 680 milhões de quilómetros - prepara-se agora para iniciar, na próxima semana, as escavações no solo vermelho. O objectivo é retirar amostras, que serão analisadas por equipamentos existentes na própria sonda, para confirmar aexistência de gelo e água.
Segundo Peter Smith, principal investigador da missão, as imagens enviadas até agora pela sonda confirmam a expectativa da equipa da agência espacial. Embora não se veja gelo na superfície, "acreditamos que iremos encontrar debaixo do solo".
Em declarações à BBC, Tom Pike, da equipa britânica envolvida no projecto, disse que "estamos quase certos de que há água".



Mais uma sonda para o lixo
Para o engenheiro brasileiro Ramon de Paula, chefe da missão, a importância da Phoenix ultrapassa o aspecto científico. "Se descobrimos como a água desapareceu no planeta, ou ficou congelada, podemos usar esse conhecimento para evitar que isso aconteça também na Terra".
A sonda agora em Marte foi lançada no dia 4 de Agosto do ano passado, transportada por um foguete Delta II, de Cabo Canaveral, na Florida. Se tudo correr bem, a Phoenix ficará em operação durante 90 dias. Depois disso, quando Marte entrar no período de Inverno, a sonda passará a fazer parte do já abundante lixo cósmico.
Na sua bagagem, a deixar em Marte, a Phoenix levou um DVD contendo imagens e áudio, com gravações que vão desde uma saudação do astrónomo Carl Sagan até o lendário programa de rádio de orson Welles sobre uma invasão fictícia de marcianos à Terra.
Renascer das cinzas
A missão Phoenix (nome em inglês da ave mitológica Fénix que renascia de suas próprias cinzas) nasceu de dois projectos fracassados. Em Setembro de 1999, a nave Mars Climate Orbiter caiu em Marte por erro de navegação. Alguns meses depois, a MPL- Mars Polar Lander, outra nave idêntica também da NASA, perdeu-se perto do Pólo Sul do planeta.
A Phoenix utiliza o mesmo hardware da MPL e da Mars Surveyor 2001 Lander, que foi abandonada depois dos dois fracassos.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Sonda Phoenix preparada para desvendar história da água em Marte











A Sonda Phoenix está preparada para começar a desvendar a história da água em Marte, depois de ter aterrado suavemente domingo à noite no planeta vermelho e de ter aberto como previsto os seus painéis solares


Segundo José Saraiva, especialista em geologia planetária no Instituto Superior Técnico (IST) que está a seguir a missão da sonda, há muitas evidências de que num passado distante correu água na superfície de Marte e de que muita dessa água se encontra congelada no subsolo.
«Se passasse ao estado líquido essa água seria bastante para cobrir todo o planeta», disse hoje à agência Lusa este estudante de doutoramento cuja área de investigação se centra na análise de imagens para estudo da história geológica de Marte.
Além de ter capacidade autónoma para analisar amostras de solo, supostamente com gelo, colhidas a uma profundidade de até 60 centímetros por um braço articulado, a sonda dispõe de uma estação meteorológica que tem por objectivo estudar a evolução climática do planeta.
Em causa está saber se o gelo do subsolo alguma vez de derreteu na história recuada do planeta.
«Trata-se de tentar perceber se o solo tem condições para ser habitável e se existirão micróbios a alguma profundidade», afirmou este investigador do Centro de Recursos Naturais e Ambientais (CERENA) do IST.
A Phoenix dispõe de instrumentos que, ao analisarem o solo, poderão detectar moléculas, nomeadamente de carbono e hidrogénio, que são elementos necessários à vida.
José Saraiva participa no projecto MAGIC (acrónimo em inglês para Caracterização Atmosférica, Geofísica e Exobiológica de Marte), que integram 17 investigadores das Universidades Técnica e Nova de Lisboa e da Universidade de Coimbra.
O seu grupo de investigação nesse projecto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), ocupa-se da análise de imagens e estudo das formas poligonais nos terrenos da superfície de Marte.
Essas formas, que as primeiras imagens a preto-e-branco recebidas esta madrugada da Phoenix documentam, «têm diversas origens, devendo-se provavelmente à presença de cunhas de gelo no solo», referiu.
José Saraiva, que na noite passada participou em Lisboa, no Instituto Geográfico de Exército, numa sessão pública do NUCLIO (Núcleo Interactivo de Astronomia) em que foi acompanhada uma emissão de televisão da NASA sobre a aterragem da Phoenix, profere sexta-feira à noite, no Observatório Astronómico de Lisboa uma palestra com o título Marte: Vivo ou Morto?.
Lusa/SOL

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Lançamento do Atlantis para última missão Hubble marcado para 8 de Outubro


O lançamento do vaivém Atlantis, com sete astronautas a bordo para a última missão de conserto e manutenção do telescópio espacial Hubble, foi marcado para dia 8 de Outubro, informou hoje a Nasa



A Agência Espacial Norte-Americana fixou ainda, para 10 de Novembro, o lançamento do vaivém Endeavour para uma missão de entrega de víveres e peças sobresselentes na Estação Espacial Internacional (ISS). Estes dois voos estavam inicialmente previstos para final de Agosto e 16 de Outubro, respectivamente. Se estes lançamentos se mantiverem a Nasa terá efectuado cinco voos de vaivéns durante o ano de 2008.A mudança da data do lançamento do Atlantis para a missão Hubble resulta de um atraso na entrega de componentes, entre os quais o reservatório externo do vaivém.A necessidade de preparar o Endeavour para um eventual voo de socorro, caso ocorra algum problema com o Atlantis durante a missão de manutenção do Hubble, contribuiu também para este atraso. Após o próximo voo do vaivém Discovery previsto para 31 de Maio para entregar o principal módulo do laboratório orbital japonês Kibo, os três satélites artificiais deverão efectuar dez voos antes de se ‘reformarem’, a 30 de Setembro de 2010.
Lusa/(SOL

Phoenix" chega domingo a Marte

A sonda espacial norte-americana "Phoenix" deverá pousar depois de amanhã em Marte, após uma viagem de nove meses para investigar o gelo da permafrost árctica do planeta vermelho e indícios químicos da emergência de uma vida primitiva potencial. Lançada em 4 de Agosto, será a primeira a pousar no árctico marciano, para uma missão de três meses. Tendo percorrido 679 milhões de quilómetros, a sonda entrará na atmosfera de Marte às 23h31 - Tempo Médio de Greenwich (TMG) - a uma velocidade de 21 mil quilómetros por hora, iniciando uma descida perigosa antes de pousar suavemente sete minutos depois.O Laboratório de Propulsão a Jacto da agência espacial NASA terá a confirmação rádio do êxito da operação às 23h53 TMG. Serão necessários 15,3 minutos para que o sinal percorra, à velocidade da luz, os 276 milhões de quilómetros que, domingo, vão separar Marte da Terra. Os responsáveis da missão classificam a aproximação final ao solo como "sete minutos de terror". "Fazer pousar uma nave em Marte sem obstáculos é difícil (...) devido aos inúmeros riscos e incertezas", disse Edward Weiler, administrador-associado da NASA para a Ciência. Após o início da exploração de Marte nos anos 70, 55% das sondas falharam a chegada.

Hubble: Lançamento do Atlantis marcado para 8 de Outubro

O lançamento do vaivém Atlantis, com sete astronautas a bordo para a última missão de conserto e manutenção do telescópio espacial Hubble, foi marcado para dia 8 de Outubro, informou hoje a Nasa.
A Agência Espacial Norte-Americana fixou ainda, para 10 de Novembro, o lançamento do vaivém Endeavour para uma missão de entrega de víveres e peças sobresselentes na Estação Espacial Internacional (ISS).
Estes dois voos estavam inicialmente previstos para final de Agosto e 16 de Outubro, respectivamente.
Se estes lançamentos se mantiverem a Nasa terá efectuado cinco voos de vaivéns durante o ano de 2008.
A mudança da data do lançamento do Atlantis para a missão Hubble resulta de um atraso na entrega de componentes, entre os quais o reservatório externo do vaivém.
A necessidade de preparar o Endeavour para um eventual voo de socorro, caso ocorra algum problema com o Atlantis durante a missão de manutenção do Hubble, contribuiu também para este atraso.
Após o próximo voo do vaivém Discovery previsto para 31 de Maio para entregar o principal módulo do laboratório orbital japonês Kibo, os três satélites artificiais deverão efectuar dez voos antes de se "reformarem", a 30 de Setembro de 2010.

Diário Digital / Lusa
22-05-2008 22:50:00