domingo, 27 de abril de 2008

18º aniversário do telescópio Hubble celebrado com divulgação de novas imagens


24.04.2008 - 16h16 Reuters
http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2008/16/image/

As imagens captadas pelo telescópio Hubble mostram uma verdadeira "guerra das estrelas": galáxias a colidir, a orbitar e a provocar destruições estelares que dão origem a novas e maiores galáxias. Ao todo, há 59 novas imagens vindas do Space Telescope Science Institute, de Maryland. Tudo para comemorar os 18 anos do lançamento do telescópio."Este atlas do Hubble ilustra de forma dramática como as colisões da galáxia produzem uma variedade de estruturas intricadas com um detalhe nunca antes visto”, informou o instituto. As observações levaram os astrónomos a concluir que a fusão de galáxias era mais comum no passado, do que agora.As imagens a cor, disponíveis online, permitem um olhar sobre o passado. São necessários milhões de anos para uma galáxia colidir e a luz das suas estrelas viajar durante centenas de milhões de anos pelo espaço. O facto do Hubble ter uma órbita fora da atmosfera terrestre, permite às suas câmaras captar imagens extremamente nítidas. A história do telescópio ficou marcada por alguns episódios controversos. O Hubble requer uma manutenção regular para poder estar em condições de funcionamento. Em 2004, devido a um desastre do vaivém espacial “Columbia”, foi cancelada uma missão. A NASA, a dada altura, considerou a possibilidade de abandonar o telescópio, muito popular entre os astrónomos. Contudo, os protestos levaram a agência espacial norte-americana a reconsiderar e uma última missão de manutenção do Hubble foi marcada para Agosto. Em 2013, o telescópio espacial James Webb vai substituir o Hubble.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Descoberto um sistema solar semelhante ao nosso



Cerca de 300 planetas foram já encontrados Um grupo de astrónomos descobriu um sistema planetário que terá algumas semelhanças com aquele no qual se encontra o planeta Terra. Encontraram dois planetas com características semelhantes às de Júpiter e Saturno, em órbita de uma estrela com metade do tamanho do Sol. "É espécie de uma versão mais pequena do nosso sistema solar." afirma um investigador da universidade deSt Andrews, onde se fez a descoberta. Martin Dominik, da universidade de St Andrews, no Reino Unido, afirmou que a existência de eventuais sistemas solares com semelhanças com o nosso, poderá ser muito mais comum do que se pensava e acrescentou que os astrónomos estão na iminência de encontrar muito mais.O investigador de St Andrews, afirmou que este sistema planetário e outros análogos poderiam ter mundos habitáveis como o planeta Terra. "Foi apenas uma questão de tempo até que detectássemos estes sistemas", explicou. Dominik declarou à BBC News que encontraram "um sistema com dois planetas que têm os papéis de Júpiter e Saturno no nosso Sistema Solar. Estes dois planetas têm um valores de massa, um raio orbital e um período de órbita similares". "Parece ter sido formado de modo semelhante ao nosso Sistema Solar", adiantou. E se esse for o caso, "parece que o nosso sistema solar pode não ser o único [do género] no Universo. Deverá haver outros sistemas semelhantes que possam ter planetas habitáveis como a Terra". Martin Dominik apresentou o seu trabalho nua reunião da Royal Astronomical National Astronomy Meeting, em Belfast. O novo sistema planetário, que orbita a estrela OGLE-2006-BLG-109L, é mais pequeno do que o nosso e está uma distância de cinco mil anos-luz.Embora quase 300 planetas extra-solares tenham sido já identificados, os astrónomos têm falhado constantemente as tentativas para encontrar sistemas planetários, semelhantes ao nosso sistema solar.Apenas 10% dos sistemas descobertos até agora podem ser habitados, afirmou Martin Dominik O astrónomo explicou ainda que todas as técnicas e métodos actualmente utilizados para encontrar planetas foram fortemente dominados por critérios usados para detectar planetas gigantes que orbitam a curtas distâncias da estrela mãe. Os planetas detectados pelo sistema OGLE ( optical gravitational lensing experiment) foram encontrados usando uma técnica na qual a luz dos planetas mais distantes é refractada e amplificada pela gravidade de um novo objecto, neste caso específico, uma outra estrela.O objectivo final dos investigadores da universidade era encontrar um espaço habitável como a Terra e um planeta como Marte. "Este objectivo foi alcançado, porque a tecnologia foi melhorando com o tempo", afirma Martin Dominik. O mesmo investigador da universidade de St Andrews, acrescentou ainda que, com esta técnica, poderão brevemente procurar corpos de massa inferior à da Terra e assim detectar mais eventuais planetas maciços com zonas habitáveis. "Assim, nos próximos anos, vamos ver algo realmente emocionante ", disse.Para já, contudo, haverá poucas probabilidade de detectar mundos de massa como a Terra em OGLE-2006-BLG-109L, porque o sistema está muito distante para as actuais tecnologias.