terça-feira, 17 de junho de 2008

Contactos com extra-terrestres dentro de cem anos

Frank Drake, presidente do Instituto para a Investigação da Inteligência Extra-Terrestre dos Estados Unidos, está convencido da presença de outras formas de vida, pelo menos na forma microbiológica.

10:10 Sexta-feira, 13 de Jun de 2008



Um perito norte-americano defende que o Homem contactará a vida extra-terrestre num prazo de cem anos face aos avanços tecnológicos.
Frank Drake, presidente do Instituto para a Investigação da Inteligência Extra-Terrestre dos Estados Unidos e pioneiro na pesquisa de civilizações fora do planeta Terra, sustentou que a velha aspiração está cada vez mais próxima devido aos avanços da tecnologia.
Actualmente, existem radiotelescópios cem mil milhões de vezes mais potentes do que os dos anos 60 e capazes de receber sinais de rádio e luzes emitidos desde pontos muito longínquos do Universo.
Frank Drake está convencido da presença de outras formas de vida, pelo menos na forma microbiológica, num dos 280 sistemas planetários que contabilizou até agora e que existem na Via Láctea cerca de dez mil civilizações.
A actuação do Instituto para a Investigação da Inteligência Extra-Terrestre dirige-se para a busca de aparelhos suficientemente sofisticados que permitam captar sinais codificados como um sinal de televisão, o que, para o especialista, seria uma espécie de "remédio santo".

Meteoritos podem ter estado na origem da vida


Somos todos extra-terrestres?
Cientistas analisaram a estrutura de um meteorito caído na Austrália e descobriram material genético que pode ser a pista-chave para explicar a origem da vida na Terra.
16:50 Sábado, 14 de Jun de 2008





Investigadores acreditam que as primeiras formas de vida adquiriram bases azotadas encontradas em fragmentos de meteoritos Elementos essenciais à emergência da vida na Terra terão vindo do espaço, afirma uma equipa internacional de investigadores que analisou a estrutura de um meteorito caído na Austrália. Estes cientistas europeus e norte-americanos garantem ter provado que as bases azotadas (ou bases nucleicas) dos meteoritos, presentes no ADN das células vivas, vieram certamente do espaço incrustadas em meteoritos que caíram na Terra. "A análise mostra que as bases azotadas contêm uma forma de carbono pesado que não só pode formar-se no espaço. As matérias formadas na Terra apresentam uma variedade de carbono mais ligeiro", é referido num comunicado do Imperial College de Londres, instituição científica a que pertencem dois dos investigadores que participaram no estudo. A contribuição dos meteoritos no surgimento da vida na Terra, de há muito considerada uma possibilidade, torna-se agora muito mais provável. Medindo os teores de isótopos de carbono em duas moléculas encontradas no meteorito de Murchison, caído na Austrália em 1969, os cientistas que publicarão domingo os seus resultados na revista britânica Earth and Planetary Science Letters constataram que se trata de um tipo de carbono diferente do das rochas terrestres. Esta descoberta conforta a teoria segundo a qual "as matérias-primas necessárias à vida que foram trazidas para a Terra primitiva (há 4,5 a 3,8 mil milhões de anos) são de origem exógena", declarou à agência France Presse Zita Martins, co-autora do artigo. A investigadora acrescenta que "as condições atmosféricas na Terra primitiva não eram ideais para a síntese das bases azotadas" e daí a emergência de vida, que portanto terá começado a surgir nessa época. Na época em que o sistema solar estava ainda em curso de formação, há cerca de quatro mil milhões de anos, os planetas eram sujeitos a um bombardeamento incessante de meteoritos. "É por isso que nós pensamos que as primeiras formas de vida adquiriram bases azotadas encontradas em fragmentos de meteoritos para as utilizar na codificação genética", permitindo assim a transmissão das suas características às gerações futuras, explica a investigadora Zita Martins. Para o seu colega Marco Sephton, igualmente do Imperial College, a confirmação da origem extraterrestre destas moléculas nos meteoritos poderá ter implicar também vida noutros lugares para além da Terra.

Lusa

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Novo fato vai vestir futuros astronautas



Eduarda Ferreira


A NASA já se decidiu por um modelo que vai substituir o fato actualmente usado pelos astronautas e que terá duas versões. Estas serão especialmente desenhadas para servir as missões do programa Constellation, que levará de novo o Homem à Lua.
Uma empresa, naturalmente norte-americana, ganhou o concurso para a concepção e fabrico do novo fato para astronautas . A NASA vai pagar por isso mais de 1,1 mil milhões de euros. A encomenda inclui também o fabrico das botas. São muitos os requisitos para aquilo que pode ser considerado um equipamento complexo e que se destina a diversas funções, entre elas passeios espaciais e caminhadas na superfície da Lua. Neste último caso, deverá incluir a hipótese de serem substituídos alguns componentes. Os fatos agora usados pelos astronautas não foram concebidos para caminhar no nosso satélite mas para flutuar no espaço num ambiente em que também não há gravidade. A NASA pediu que fosse aumentada a liberdade de movimentos comparativamente aos fatos actuais e que os conjuntos exigissem o mínimo de manutenção, já que as missões podem ser prolongadas. As viagens e estadas na Estação Espacial Internacional serão outras das utilizações previstas para os novos modelos. Os fatos terão que estar prontos antes de 2015, uma das metas apontadas para que a NASA empreenda o lançamento da nova cápsula Orion, destinada a substituir os vaivém. O retorno à exploração da Lua tem tido como calendário inscrito o ano de 2020. A última vez em que um ser humano deu um passeio lunar foi já em 1972, no decorrer de uma missão da nave Apollo 17. A encomenda contempla o fornecimento até quatro fatos para uso na Lua e seis fatos para astronautas que se dirijam à Estação Espacial Internacional. Mas a NASA não fica pela encomenda de fatos espaciais ao preparar as duas próximas décadas da exploração espacial. Ao longo da última semana, sete dos seus centros e departamentos de investigação universitários testaram protótipos concebidos para múltiplas finalidades num ambiente adverso, em dunas perto do Lago Moses, Washington. As elevadas temperaturas e a consistência do solo muito variável permitiram verificar as condições de funcionamento de veículos experimentais. Quase todos estes protótipos foram concebidos para uso na Lua ou nas viagens de e para o nosso satélite. Trata-se de pequenos veículos robotizados, "rovers" de carga para a superfície lunar e guindastes para movimentação de cargas também em ambiente lunar., bem como um modelo de escavadora. Tudo visando o programa Constellation.

Objecto não identificado atrás do Discovery


Peritos ponderam a hipótese de ser um elemento do escudo térmico
2008-06-13


Os astronautas do vaivém espacial norte-americano Discovery viram um objecto não identificado a flutuar nas traseiras da aeronave e uma saliência no "aileron" de estabilização, informou a NASA.
A NASA considera que se pode tratar de um elemento do revestimento de protecção térmica, cuja perda "não inspira preocupação" para a aterragem.

A NASA divulgou a imagem do objecto

"Não precisamos dele para reentrar (na atmosfera) e aterrar", precisou William Jeffs, porta-voz da NASA em Houston, Texas.
"Depois de um teste de rotina dos reactores de direcção, na véspera da aterragem, a tripulação deu conta de um objecto rectangular de 30 a 45 centímetros de comprimento a afastar-se da porção traseira da asa direita", refere um comunicado da agência espacial dos Estados Unidos.
"A tripulação descreveu também o que classificou de 'bossa' no lado direito do aileron do Discovery. Peritos no solo estão a examinar as imagens e o vídeo do objecto e da bossa, enquanto que a tripulação continua os preparativos para a aterragem, no sábado", na Florida.
Imagens divulgadas pela televisão mostram um objecto branco e brilhante num fundo de céu azul.
O Discovery deverá aterrar sábado em Cabo Canaveral, no termo de uma missão de 14 dias no espaço que permitiu levar até à Estação Espacial Internacional (ISS) o principal módulo pressurizado do laboratório científico japonês Kibo.

Descobertos três planetas maiores que a Terra

Investigadores europeus anunciaram hoje ter descoberto um conjunto de três «super-Terras» a orbitar perto de uma estrela, e outros dois sistemas solares com pequenos planetas.
Os cientistas afirmaram que a sua descoberta, apresentada numa conferência em França, sugere que planetas como a Terra podem ser muito comuns.
«Será que todas as estrelas isoladas abrigam planetas, e se sim, quantos?», questionou Michel Mayor do Observatório de Genebra na Suiça. «Podemos ainda não saber a resposta mas estamos a fazer grandes progressos em direcção à resposta», sublinhou Mayor.
O conjunto de três planetas orbitam em torno de uma estrela ligeiramente mais pequena que o Sol, a 42 anos de luz sul da constelação de Doradus e Pictor.
Os planetas são maiores que a Terra, um tem 4,2 vezes mais a massa da Terra, o outro 6,7 vezes e o terceiro cerca de 9,4 vezes mais.
Estes planetas orbitam em torno da estrela a uma grande velocidade, um planeta completa o movimento de translação em apenas quatro dias, comparado com os 365 dias que a Terra demora, o segundo demora dez e por último o mais lento demora 20 dias.
Mayor e os seus parceiros usaram um telescópio, HARPS, em La Silla, um observatório no Chile, que alcança grandes distâncias para encontrar estes planetas.