sábado, 14 de novembro de 2009

imagens fantásticas

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

NASA descobriu água na Lua


17h45m


A NASA anunciou hoje, sexta-feira, que descobriu quantidades substanciais de água na Lua através da missão da sonda LCROSS, que colidiu contra a superfície lunar em Outubro.
A sonda LCROSS tinha como missão recolher as poeiras libertadas pelo impacto de um foguete lançado contra a Lua.
O dados recolhidos ainda estão a ser analisados, mas na NASA acredita-se que foi desvendada mais uma “camada” de conhecimento sobre o “nosso vizinho mais próximo”, diz o chefe da missão lunar da NASA, Michael Wargo.
O impacto do foguete Centauro libertou perto de 350 toneladas de detritos que foram analisados em 4 minutos pela sonda LCROSS, antes desta se despenhar também na superfície da lua.
A sonda LCROSS percorreu perto de nove milhões de quilómetro durante 113 dias e atingiu a Lua no dia 9 de Outubro, na região de Cabeus, perto do pólo Sul do planeta.
As descobertas feitas por esta missão indicam que a quantidade de água presente na lua será maior do que o esperado anteriormente.

Descoberta nova técnica para 'caçar' planetas



Um grupo de investigadores, em que se incluem dois portugueses, publicou na revista 'Nature' uma nova forma de encontrar planetas: medindo a quantidade de lítio existente nas estrelas semelhantes ao Sol. Quanto menor for a quantidade desse metal presente nesses astros, maiores são as possibilidades de estes serem rodeados por planetas.

O metal lítio pode ser a chave para a descoberta de novos planetas. Ao analisar as estrelas semelhantes ao Sol, um grupo de investigadores de Portugal, Espanha, Suíça e Itália descobriu que quanto, menos lítio for encontrado numa estrela, mais probabilidades existem de que essa estrela tenha planetas em seu redor. O estudo foi publicado quarta-feira na revista científica Nature.
O lítio diminui nas estrelas devido à convecção, como acontece, por exemplo, numa panela com água a ferver. Da mesma forma que a ebulição faz movimentar a água de uma panela, o mesmo acontece nas estrelas. A convecção faz os gases que compõem o Sol vir à superfície, empurrando outras substâncias para o interior. Dessa maneira, o lítio é enviado para o núcleo e, em contacto com as altas temperaturas, é destruído.
"Ainda não sabemos dizer ao certo porque é que estrelas como o Sol têm menos lítio. Mas achamos que a convecção tem a ver com os planetas que orbitam em redor", contou ao DN Sérgio Sousa, que, juntamente com Nuno Santos, completa o lote de astrofísicos portugueses que participaram neste projecto.
Liderados pelo Instituto de Astrofísica das Canárias, em Espanha, obteve-se uma amostra com 500 estrelas. O objectivo é encontrar novas formas de se detectar planetas, descobrir como foram formados e se existe vida neles. Através de um simples telescópio médio (um com quatro metros) foi possível medir a presença de lítio na estrela. Os investigadores descobriram que os astros semelhantes ao Sol, com baixo conteúdo de lítio, têm, em média, dez vezes mais probabilidades de albergar planetas. "Actualmente, localizar planetas é um trabalho muito lento e que requer muita paciência, porque é preciso investigar milhares de estrelas e realizar medidas muito frequentes da sua velocidade para detectar pequenas mudanças, para as quais são precisos instrumentos de grande precisão", disse ao jornal El Mundo o espanhol Rafael Rebolo, líder da equipa de investigação. O lítio tornou-se, assim, uma pista para se descobrirem planetas ao redor de estrelas. O teste aos astros, que demora cerca de cinco minutos, não garante que a estrela vá ter em seu redor um sistema planetário, mas determina que existem mais possibilidades de este albergar planetas. "Vai poupar um esforço significativo nas observações", assegurou Rebolo. Os cientistas calculam que entre cada mil estrelas parecidas com o Sol, apenas 10% terão um sistema planetário.
"Acreditamos que os planetas gigantes possam modificar a estrutura dos astros, afectar o comportamento dos gases", diz o espanhol. Quando se descobrir se isto é verdade, estará tirada a dúvida sobre a falta de lítio nas estrelas semelhantes ao Sol.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Água da Terra pode ter vindo do espaço



Estudo do geoquímico francês Francis Albarède publicado esta semana na revista «Nature»

Uma nova teoria sobre o aparecimento de água na Terra é proposta no último número da revista «Nature». O estudo do geoquímico francês Francis Albarède, da Escola Normal Superior de Lyon, defende que a água dos oceanos foi trazida para o nosso planeta por asteróides cobertos de gelo, dezenas de milhões de anos depois da formação do Sistema Solar.

O resultado desta investigação contraria a ideia geralmente aceite de que os oceanos e a atmosfera se formaram a partir de gases vulcânicos.
Segundo Albarède, os “asteróides gigantes cobertos de gelo” chocaram com a Terra entre 80 e 130 milhões de anos depois da formação do planeta, trazendo-lhes as suas reservas de água.
Ao introduzir-se no manto terrestre, essa água permitiu o aparecimento da “tectónica das placas, que poderá ter sido crucial para o aparecimento da vida”, sublinha o investigador.
O fenómeno seria também responsável pela formação da atmosfera, até agora atribuída a “vapores emitidos durante o dealbar do nosso planeta”, afirma o investigador num comunicado divulgado pelo Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS) de França.
“A Lua e a Terra eram basicamente secos logo após a formação da Lua, na sequência de um impacto gigante na proto-Terra” (primeiro estado geológico da Terra).
Tendo em conta cálculos recentes, as temperaturas eram demasiado elevadas entre o Sol nos seus inícios e a órbita de Júpiter para que elementos voláteis, como vapor de água, pudessem condensar-se nos “embriões planetários”.
Comparando Marte, Vénus e a Terra, três planetas com histórias diferentes, o que distingue a Terra é a existência de placas tectónicas, de oceanos líquidos e de vida.
Num momento em que se procuram planetas extra-solares, deveria tentar saber-se por que razão estes três planetas do Sistema Solar são tão diferentes, sugere o cientista francês.

Artigo: Volatile accretion history of the terrestrial planets and dynamic implications em http://www.nature.com/nature/journal/v461/n7268/full/nature08477.html

Rússia vai ter naves movidas a energia nuclear

Até 2012 a Roscosmos vai desenvolver projecto para liderar a exploração espacial
A Rússia anunciou a sua nova aposta para a conquista do Espaço. A Agência Espacial Russa – a Roscosmos – vai desenvolver foguetões movidos a energia nuclear.

Anatoly Perminov, actual director da agência, declarou à imprensa que “o projeto ajudará a impulsionar a indústria astronáutica nacional e a tecnologia espacial a um nível completamente novo, ultrapassando as descobertas de outros países”.
A partir de 2012, ano em que estará pronto o novo foguetão, a Rússia vai levar a cabo programas espaciais ambiciosos. Pretende, a curto prazo, explorar a Lua e Marte.
Perminov explica que os reactores utilizados serão muito mais potentes do que os dos satélites soviéticos, que tinham autonomia de apenas um ano. Serão necessários 580 milhões de dólares (393 milhões de euros), para concretizar este projecto.
O presidente russo Dmitri Medvedev afirmou ontem que o projecto é “muito sério” e pediu que o governo se esforçasse em encontrar fundos para financiá-lo.

O voo perpétuo de Júlio Verne

Aeronave dará volta ao Mundo em 25 dias usando apenas energia solar



A aeronave «Solar Impulse» já está a ser desenvolvida desde 2003 e tem 70 colaboradores envolvidos na projecção deste revolucionário avião solar que usará como único combustível, de dia ou de noite, a energia do Sol.

O projecto foi considerado pela Comissão Europeia como um marco de desenvolvimento sustentável, já que vai reduzir o impacto ambiental causado pelas energias fósseis – voa de forma autónoma, sem combustível nem poluição.
Pesa o equivalente a um automóvel, 1600 quilos, tem 21, 85 metros de comprimento e 6,40 de altura; já as asas têm 63,40 metros, com 11 628 placas solares. O avião solar ainda apenas voou em ambiente virtual, mas já tem previsto uma volta ao mundo, inauguradora, para 2011. Para a viagem, cada piloto fará voos de cinco dias ininterruptamente, a 70 quilómetros por hora.
Apresenta um desenho bastante futurista e, para a construção, foram utilizadas tecnologias avançadas e materiais inteligentes que estimulam a investigação científica, no campo de estruturas de compósitos. Utilizaram-se especialmente plásticos ultraleves e baterias de lítio.
Há dez anos, após 19 dias, 21 hora e 47 minutos no ar, o balão de Bertrand Piccard e Brian Jones aterrou no deserto egípcio e terminava uma viagem em torno do globo. Inspirados na Volta ao Mundo em 80 dias de Júlio Verne, chegaram com apenas 40 quilos das 3,7 toneladas de líquido propano que levaram. Contudo, ainda não satisfeitos, Bertrand Piccard e Brian Jones prometeram repetir a circum-navegação sem combustível nem poluição e assim nasceu o projecto «Solar Impulse».

Combinação de energia

A questão da energia é determinante. As 12 mil células fotovoltaicas estão inseridas em 130 micro monocristais de silício. Contudo, o avião ainda é considerado pesado e exige uma redução drástica no peso, a fim de optimizar a corrente de energia e aumentar o desempenho aerodinâmico.
Vários tipos de energia foram combinados: fótica, para o mecanismo da radiação solar; eléctrica, nas células foto-voltaicas, nas baterias e motor; química, no interior das baterias; mecânica, no sistema de propulsão; cinética, quando o avião aumenta a sua velocidade e termal, devido à fricção, aquecimento, etc.

Astrónomos descobrem «esqueleto» cósmico

A sete mil milhões de anos-luz da Terra existe uma concentração de galáxias, descoberta agora por uma equipa de astrónomos do Observatório Europeu Austral (ESO). A descoberta foi possível devido à combinação dos mais poderosos telescópios terrestres, o VLT (do deserto de Atacama, Chile) e o Subaru, do observatório Mauna Kea (Japão).


Masayuki Tanaka, responsável pelo estudo, agora publicado na «Astronomy & Astrophysics», explica que a matéria não está distribuída uniformemente no Universo: “Na nossa vizinhança cósmica as estrelas formam galáxias e as galáxias formam agrupamentos”.
A teoria actualmente mais aceite defende que “a matéria pode acumular-se nas chamadas redes cósmicas, onde as galáxias, encaixadas umas nas outras através de filamentos criam gigantescas estruturas”.
Os filamentos, que têm milhões de anos-luz de comprimento, constituem o esqueleto do Universo. As galáxias agrupam-se à volta desses filamentos ao mesmo tempo que agrupamentos cósmicos se formam nas suas intersecções, à espera de matéria para digerir.

Cientistas tentam agora determinar como nascem esses agrupamentos. Esta descoberta vai permitir aprofundar o conhecimento sobre a rede de galáxias no Universo.

A equipa de Tanaka descobriu esta grande estrutura em imagens obtidas anteriormente. Para esta investigação, utilizaram os dois telescópios para estudar a estrutura em pormenor, medindo a distância da Terra às 150 galáxias, e obtendo, assim, uma imagem tridimensional.
Graças a estas e outras observações, foram capazes de fazer um estudo demográfico da estrutura e identificaram grupos de galáxias que circundam o aglomerado principal de galáxias.
Distinguir dezenas de grupos, a maior parte deles com dez vezes mais massa do que a nossa Via Láctea. Outros tinham mil vezes mais massa. Alguns dos grupos estão a ser puxados pela gravidade do grupo principal.

Artigo: The spectroscopically confirmed huge cosmic structure em http://www.aanda.org/index.php?option=article&access=doi&doi=10.1051/0004-6361/200912929




NASA e ESA unidas para descobrir Marte



Marte é a próxima grande missão espacial, por isso, as agências norte-americana e europeia assinaram um acordo para partilharem experiência, responsabilidades e financiamento.

As agências espaciais norte-americana e europeia vão juntar esforços para a "conquista" de Marte. NASA e ESA assinaram uma "carta de intenções", em Washington (EUA), que dá luz verde aos cientistas e engenheiros das duas agências para colaborarem no planeamento das missões ao "planeta vermelho".
O arranque desta união será dado com uma órbita, dirigida pelos europeus, em 2016. Seguem-se veículos de exploração da superfície em 2018. No mesmo ano talvez haja uma rede de sondas a aterrar no planeta. O objectivo é trazer rochas e amostras de solo para os laboratórios terrestres. O documento foi assinado pelos responsáveis pelas agências, o administrador da NASA Charles Bolden e o director-geral da ESA Jean-Jacques Dordain.
A Meji - Mars Joint Exploration Initiative (Iniciativa Conjunta de Exploração de Marte) - esteve sob discussão durante vários meses para se definir os objectivos da missão e divisão da responsabilidade e financiamento. Os EUA e a Europa compreenderam que podem alcançar mais na missão ao "planeta vermelho" se combinarem as suas experiências e conhecimentos. Além disso, com os dois programas a sofrerem pressões financeiras, a aliança pode viabilizar que se continuem a planear missões a cada dois anos.
Os membros da ESA dizem que já gastaram 850 mil euros para esta aventura em direcção a Marte. Será necessário aumentar esse valor até aos mil milhões de euros para financiar o programa Meji. A existência deste financiamento extra, providenciado pelos países Europeus, terá de ser estabelecido numa reunião do conselho da agência a meio de Dezembro.
"O importante é que os Estados membros aprovem as ideias. Não espero qualquer tipo de choques", disse David Southwood, director da ESA para a ciência e robótica.

Novidades celestes

Entre os meses de Outubro e Julho de 2010, vai realizar-se no Anfiteatro da Escola de Ciências da Universidade do Minho (Braga) um ciclo de colóquios de Física subordinados ao tema: «A Ciência para tod@s».





A iniciativa ocorrerá uma vez por mês e os temas seleccionados são de interesse geral, mas muito em particular para os docentes e alunos interessados em áreas relacionadas com a Física. A participação é livre e contará ainda com um programa de visitas aos laboratórios do Centro de Física, exposições de trabalhos, e outras actividades.
O ciclo de colóquios inicia a sua programação anual amanhã, pelas 14h30, no Anfiteatro da Escola de Ciências da Universidade do Minho em Braga. «O telescópio de Galileu em Portugal» é o título da primeira sessão proferida por Henrique Leitão, da Universidade de Lisboa.

Telescópio de Galileu

As observações telescópicas de Galileu, entre 1609 e 1611, lançaram a Europa num profundo debate científico e cultural. Como foram esses acontecimentos conhecidos em Portugal? Quando se fizeram os primeiros telescópios no nosso país? Que tipo de debates se deram entre nós? Nesta palestra olharemos com algum cuidado para estes assuntos, mostrando o impacto que tiveram na história científica do nosso país.
Curiosamente, como se mostrará, Portugal participou muito estreitamente nestes acontecimentos, tendo desempenhado um papel fundamental na divulgação do telescópio e das novidades celestes. Trata-se de uma página fascinante da história científica do nosso país que convém conhecer um pouco melhor.

Galileu por um dia

Projecto do Ano Internacional da Astronomia

Olhar o Sol de frente, descobrir-lhe os segredos e tornar-se por momentos um cientista do longínquo século XVII, fascinado com o novo mundo que só uma luneta deixa descobrir. Este fim-de-semana, o Ano Internacional da Astronomia (AIA) desafia os portugueses a ousarem passear os seus olhos pela estrela mais próxima da Terra. As 'visitas' guiadas ao Sol terão lugar, sábado e domingo, em Bragança, Espinho, Mira, Constância e São Pedro do Estoril.



A iniciativa está integrada no projecto do AIA, "E Agora Eu Sou Galileu", que desde Fevereiro tem dado a conhecer os objectos do céu observados por Galileu Galilei há precisamente 400 anos e que acabariam por torná-lo um dos mais aclamados cientistas de todos os tempos: Vénus, Lua, Saturno, Júpiter e as manchas solares.

Do século XVII directamente para o século XXI, o desafio pode ser acompanhado em tempo real nas redes sociais – Facebook e Twitter. Na próxima sexta-feira, há "voltas" ao Sol em telescópio no Centro Ciência Viva de Bragança, das 14 às 17 h, no Centro Multimeios de Espinho, a partir das 15h e no Observatório Astronómico de Mira, das 15 às 18h.
No mesmo dia, o Sol vai ainda estar debaixo de olho no Parque de Astronomia de Constância (das 15 às 19h), uma cortesia do Centro Ciência Viva local, e em São Pedro do Estoril, no Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal (Avenida Marginal), numa organização do NUCLIO - Núcleo Interactivo de Astronomia.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Água da Terra pode ter vindo do espaço

Estudo do geoquímico francês Francis Albarède publicado esta semana na revista «Nature»

Uma nova teoria sobre o aparecimento de água na Terra é proposta no último número da revista «Nature». O estudo do geoquímico francês Francis Albarède, da Escola Normal Superior de Lyon, defende que a água dos oceanos foi trazida para o nosso planeta por asteróides cobertos de gelo, dezenas de milhões de anos depois da formação do Sistema Solar.

O resultado desta investigação contraria a ideia geralmente aceite de que os oceanos e a atmosfera se formaram a partir de gases vulcânicos.
Segundo Albarède, os “asteróides gigantes cobertos de gelo” chocaram com a Terra entre 80 e 130 milhões de anos depois da formação do planeta, trazendo-lhes as suas reservas de água.
Ao introduzir-se no manto terrestre, essa água permitiu o aparecimento da “tectónica das placas, que poderá ter sido crucial para o aparecimento da vida”, sublinha o investigador.
O fenómeno seria também responsável pela formação da atmosfera, até agora atribuída a “vapores emitidos durante o dealbar do nosso planeta”, afirma o investigador num comunicado divulgado pelo Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS) de França.
“A Lua e a Terra eram basicamente secos logo após a formação da Lua, na sequência de um impacto gigante na proto-Terra” (primeiro estado geológico da Terra).

Tendo em conta cálculos recentes, as temperaturas eram demasiado elevadas entre o Sol nos seus inícios e a órbita de Júpiter para que elementos voláteis, como vapor de água, pudessem condensar-se nos “embriões planetários”.
Comparando Marte, Vénus e a Terra, três planetas com histórias diferentes, o que distingue a Terra é a existência de placas tectónicas, de oceanos líquidos e de vida.

Num momento em que se procuram planetas extra-solares, deveria tentar saber-se por que razão estes três planetas do Sistema Solar são tão diferentes, sugere o cientista francês.

Artigo: Volatile accretion history of the terrestrial planets and dynamic implications
http://www.nature.com/nature/journal/v461/n7268/full/nature08477.html

Rússia vai ter naves movidas a energia nuclear

Até 2012 a Roscosmos vai desenvolver foguetões movidos a energia nuclear.


A Rússia anunciou a sua nova aposta para a conquista do Espaço. A Agência Espacial Russa – a Roscosmos – vai desenvolver foguetões movidos a energia nuclear.

Anatoly Perminov, actual director da agência, declarou à imprensa que “o projeto ajudará a impulsionar a indústria astronáutica nacional e a tecnologia espacial a um nível completamente novo, ultrapassando as descobertas de outros países”.
A partir de 2012, ano em que estará pronto o novo foguetão, a Rússia vai levar a cabo programas espaciais ambiciosos. Pretende, a curto prazo, explorar a Lua e Marte.
Perminov explica que os reactores utilizados serão muito mais potentes do que os dos satélites soviéticos, que tinham autonomia de apenas um ano.
Serão necessários 580 milhões de dólares (393 milhões de euros), para concretizar este projecto.
O presidente russo Dmitri Medvedev afirmou ontem que o projecto é “muito sério” e pediu que o governo se esforçasse em encontrar fundos para financiá-lo.

Missão Atlantis tem luz verde

Nasa já se encontra a fazer preparativos

A luz verde para o lançamento da nave da missão Atlantis já foi dada à equipa para o próximo dia 16 de Novembro, às 14h28 (hora local). O Centro Kennedy Space, da Nasa, na Florida (EUA) já transferiu a carga da nave para a pista de lançamento 39A.



Os técnicos prevêem terminar todos os testes ao sistema de armazenamento de detritos e à casa de banho da nave ao longo do fim-de-semana e a restante equipa prepara-se para o ensaio geral de lançamento, conhecido como Prova de Demonstração Final de Contagem regressiva, ou TCDT.
A tripulação ainda se encontra no Johnson Space Center da Nasa, em Houston e chegará ao Kennedy Space Center na segunda-feira, após terminarem o TCDT. Entretanto, revêem o voo e conduzem um treino de simulação de contingência para possível aborto no simulador de base. A partir de segunda-feira, a equipa terá de praticar procedimentos ligados ao lançamento, dentro da nave, e à evacuação de emergência.

Missão da ESA com participação portuguesa

A Agência Espacial Europeia (ESA) lança o satélite SMOS, a 2 de Novembro, que foi desenhado especialmente para avaliar a hidratação dos solos e medir a salinidade dos oceanos. Uma empresa portuguesa participa nesta importante missão. O lançador russo Rockot deverá partir do cosmódromo de Plesetsk à 1:50 (hora de Portugal).


O SMOS, a missão da água, é o primeiro satélite desenhado para mapear a salinidade à superfície do mar e monitorizar a hidratação do solo numa escala global, contribuindo assim para a compreensão do ciclo da água na Terra. O Proba-2 fazer demonstrações em órbita de 17 tecnologias avançadas, no âmbito da observação solar.

Há seis anos que a empresa portuguesa, Deimos Engenharia, trabalha no projecto da ESA, sendo responsável pelo conceito, implementação teste e validação do Protótipo do Processador de Dados de Nível 1 (L1PP – Level 1 Processor Prototype).
O processamento de Nível 1 é responsável por receber os dados em bruto do satélite, calibrar as medições, reconstruir as imagens obtidas e projectá-las no globo terrestre. A empresa participou ainda no simulador de dados para a missão e nos algoritmos de reconstrução de imagem para o Processador Operacional e o Processador em Tempo Real.
Ficará também a seu cargo o tratamento de dados do satélite durante os primeiros seis meses da missão, altura em que quer o instrumento quer os modos de reconstrução da imagem estarão a ser testados. Para esta tarefa, a empresa destacou três dos seus engenheiros para o ESAC (European Space Astronomy Centre), em Villafranca, (Madrid).
O lançamento será transmitido em directo, com imagens de qualidade, a partir das salas de controlo de missão no CNES/Toulouse, em França, de Plesetsk e ainda da estação de terra da ESA, Redu, na Bélgica.

Corpo celeste mais antigo foi detectado

Astrofísicos acreditam que as estrelas surgiram muito antes do que se pensava até agora

Uma estrela gigante com 13 mil milhões de anos é o corpo celeste mais antigo e distante registado até ao momento. Esta foi detectada por um grupo internacional de astrofísicos, que confirma assim que as estrelas já existiam quando o universo tinha 600 milhões de anos.

Os investigadores analisaram a explosão de raios gama registada a 23 de Abril, que resultou da extinção da estrela mais antiga e longínqua que se conhece, cujo último fulgor chegou à Terra há apenas seis meses.
As explosões de raios gama  são dos fenómenos que mais energia libertam no universo e correspondem à explosão de uma estrela gigante no final da sua vida, aquando do esgotamento do seu combustível. Após a sua extinção, dá lugar a um buraco negro ou a uma estrela de neutrões.
Segundo Castro-Tirado, um dos investigadores do projecto, estas descobertas são importantes porque, por detrás desta estrela, "supostamente tem de haver uma galáxia, embora seja tão fraca que, com a tecnologia actual, não se consegue observar", sendo, talvez, apenas perceptível com o sucessor do telescópio espacial Hubble.
A luz da estrela analisada viajou pelo espaço desde a altura em que nem o Sol, nem a Terra existiam. Com isto comprova-se que há 13 mil milhões de anos estes corpos celestes já habitavam o universo, algo que até ao momento não passava de uma hipótese. Com isto os investigadores concluiram que"a formação dos corpos celestes foi mais rápida do que se pensava", explicou Alberto Fernández Soto, outro dos autores dos dois estudos de onde foram retiradas estas constatações.




Os investigadores acreditam assim que as estrelas da primeira geração, designadas por "população III" e das quais não se conhecem exemplares, surgiram quando o universo tinha entre 200 e 400 milhões de anos.
Os dados analisados para a obtenção destas conclusoes foram obtidos por vários telescópios, colocados em diversos pontos do mundo, entre os quais o da estação espanhola BOOTES-3, situado na Nova Zelândia, e o telescópio Nazionale Galileo, operado por italianos e localizado na ilha espanhola de La Palma.
Os dois estudos publicados na Nature são da autoria de membros do Conselho Superior de Investigações Científicas de Espanha e do Instituto de Física da região de Cantábria.