sexta-feira, 18 de março de 2011

A sonda que tinha partido há quase 7 anos já está em órbita

A sonda americana Messenger tornou-se esta madrugada o primeiro engenho espacial a instalar-se na órbita de Mercúrio, o planeta mais próximo do sol, anunciou a NASA.



A sonda começou a sua rotação em torno de Mercúrio às 02h00 e irá continuar em redor do planeta mais quente do sistema solar durante um ano, indicou a agência espacial norte-americana.

O engenho espacial começou a sua viagem há quase sete anos, tendo já passado em diversas ocasiões nas proximidades de Vénus e de Mercúrio, sem nunca se ter instalado nas suas órbitas.

Os instrumentos a bordo do Messenger serão activados e verificados no dia 23 de Março e no dia 4 de Abril irá começar a fase científica da missão.

O aparelho transporta diversos instrumentos científicos, nomeadamente um sistema de recolha de imagens, um espectrómetro de análise da atmosfera e do sol e um espectrómetro de observação do plasma e das partículas energéticas.

A sonda completará a rotação de Mercúrio em 12 horas a uma altitude mínima de 200 quilómetros, precisou a NASA. Tudo isto acontecerá a 46 milhões de quilómetros do sol e a 155 milhões de quilómetros.

A sonda já percorreu cerca de oito mil milhões de quilómetros no espaço desde o seu lançamento, em Agosto de 2004.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Earth 100 Million Years From Now

Alien's View of Our Solar System

New Discovery about the Fabric of Space-Time

Vangelis -conquest of the paradise - the universe

terça-feira, 8 de março de 2011

Comunidade científica desvaloriza estudo sobre vida extraterrestre em meteorito


O estudo recentemente editado em que o investigador da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) Richard Hoover afirma ter encontrado provas da existência de vida fora da Terra, em fósseis de bactérias encontrados num fragmento de meteorito, está a ser desvalorizado pela maior parte da comunidade científica.

Publicado no «Journal of Cosmology», o artigo foi hoje amplamente divulgado e levantou tantas desconfianças que a própria NASA, a meio da tarde, emitiu uma nota (no spaceref.com) onde dizia “não poder apoiar uma afirmação científica a não ser que esta tenha sido completamente revista por especialistas qualificados”, o que não foi o caso. O artigo em questão, acrescenta, “foi submetido em 2007 para publicação no «International Journal of Astrobiology». No entanto, o processo de revisão não foi concluído e a publicação não foi possível”.

Mesmo antes da emissão desta nota, o blogue português astropt.org editou um post em que se explica que o «Journal of Cosmology» “já foi duramente criticado por conter artigos de índole duvidosa do ponto de vista científico, estando já anunciado o fim desta publicação online”. O artigo em questão, continua, “foi também criticado por especialistas que afirmam não existir fundamento para o que é afirmado”.

Os autores remetem para o blogue «RRRESEARCH», de Rosie Redfield, investigadora do Life Sciences Centre (University of British Columbia) que faz “uma crítica técnica ao artigo”.

Nesse mesmo blogue encontra-se uma nota de Lynn Rothschild, uma astrobióloga da NASA. A investigadora esclarece: “Richard Hoover é engenheiro no Marshall Space Flight Center e não biólogo de formação. Na verdade, existem biólogos profissionais naquele centro, mas não acredito que estejam de alguma forma envolvidos neste trabalho”.

Acrescenta ainda que todos os artigos de Hoover neste âmbito estão em publicações onde não existe a revisão por pares (peer review) e que todos os prémios que já obteve foram na área da engenharia.

Em conversa com o «Ciência Hoje», Zita Martins, especialista portuguesa em astrobiologia e investigadora no Imperial College London, diz que os dados apresentados no estudo não parecem “muito credíveis”. A investigação “não foi feita da melhor forma” e o “artigo não foi submetido a avaliação antes de ser publicado”. Para a cientista, estas são razões suficientes para, de um maneira geral, os cientistas não estarem a valorizar esta investigação.

Richard  Hoover estudou durante uma década um tipo extremamente raro de meteoritos carbonáceos denominados CI1, que se encontraram em locais como a Antárctida, Sibéria e Alasca. O investigador analisou o interior do meteorito através de microscopia electrónica.

Conseguiu registar microfósseis semelhantes às cianobactérias que existem na Terra e outros que não conseguiu identificar com algo conhecido. Hoover acredita que estes microfósseis têm origem extraterrestre e não são provenientes de contaminação terrestre.

Já a prever a controvérsia que o artigo poderia gerar, a direcção do «Journal of Cosmology» convidou mais de cinco mil personalidades da comunidade científica a estudarem e comentarem o mesmo.

Artigo: Fossils of Cyanobacteria in CI1 Carbonaceous Meteorites

segunda-feira, 7 de março de 2011

Discovery despede-se de vez do Espaço e regressa à Terra

O vaivém espacial norte-americano Discovery está de regresso à Terra, depois de uma missão de oito dias na Estação Espacial Internacional (EEI), a última que o histórico aparelho da NASA efetuou no Espaço em 27 anos.
Segundo as agências internacionais, o Discovery retirou-se hoje das plataformas da EEI, a 355 quilómetros de distância, e está prevista a chegada à Terra na quarta-feira com seis tripulantes a bordo.
Este é o mais velho dos três vaivéns que a NASA colocou no Espaço nos últimos anos, juntado-se ao Endeavour e ao Atlantis, tendo somado mais de 230 milhões de quilómetros nas 39 missões ao Espaço e o seu destino final será agora um museu.
Numa mensagem deixada através da rede social Twitter, o comandante da Estação Espacial Internacional, Scott Kelly, assinalou a partida do Discovery sublinhando que foi um vaivém "grandioso, que apoiou a EEI mais do que qualquer outro aparelho".
Na última viagem do Discovery à EEI, os astronautas puderam levar toneladas de material e incluir um novo módulo permanente para armazenamento.
A chegada do Discovery ao Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, está marcada para quarta-feira, às 16:58 (hora de Lisboa).