quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Kepler descobre primeiros exoplanetas do tamanho da Terra - Ciências - PUBLICO.PT

Kepler descobre primeiros exoplanetas do tamanho da Terra - Ciências - PUBLICO.PT

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Novo planeta habitável a 600 anos-luz da Terra

A NASA confirmou hoje a existência de um planeta na zona orbital habitável do sistema planetário Kepler 22, a 600 anos-luz da Terra, no qual poderá haver condições para a formação de água em estado líquido.



Com esta descoberta, sobe para três o número de planetas fora do sistema solar em zona orbital habitável.
Segundo as agências internacionais de notícias, é a primeira vez que a agência espacial norte-americana confirma a existência de um planeta numa zona orbital habitável fora do sistema solar.
A zona orbital habitável é a região perto de uma estrela que tem as temperaturas adequadas para que exista água líquida, principal componente da vida no 'planeta azul'.
O novo planeta, Kepler 22-b , detetado pela sonda com o mesmo nome, é maior do que a Terra mas desconhece-se ainda a sua composição.
Para os cientistas, no entanto, está cada vez mais próxima a descoberta de um planeta parecido com a Terra. O Kepler 22-b orbita em 290 dias uma estrela semelhante ao Sol, ainda que mais pequena e fria.

À procura de planetas-irmãos
Lançada em março de 2009, a sonda Kepler tem por missão procurar planetas-irmãos da Terra suscetíveis de ter vida, observando mais de cem mil estrelas parecidas com o Sol.
Durante dois anos foram identificados 2326 candidatos a planetas, dos quais 207 com um tamanho aproximado da Terra e 680 com dimensões maiores.
Em maio, o Centro francês de Investigação Científica anunciou que um dos planetas que orbita a estrela-anã Gliese 581 poderá revelar-se 'habitável', com um clima propício à presença de água líquida e de vida.
Já em agosto, astrónomos suíços confirmaram a existência de um outro exoplaneta (planeta fora do sistema solar) em zona orbital habitável, o HD 85512b .


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sonda Phobos-Grunt está perdida, confirma agência espacial russa

A trajectória da órbita da sonda interplanetária Phobos-Grunt muda de forma imprevisível e não há possibilidade de controlar os motores, anunciou hoje a agência noticiosa russa Interfax, citando fonte da indústria espacial.

Não chega informação telemétrica da estação interplanetária 'Phobos-Grunt'. As tentativas de ligar a bordo os motores para a dirigir para a órbita de Marte não deram resultado. Desse modo, não há hipóteses de salvar a sonda", declarou a mesma fonte.
"A situação é de descontrolo. Por outras palavras, a sonda está perdida", sublinhou.
A sonda foi lançada na passada semana, mas não conseguiu deixar a órbita terrestre e rumar à lua de Marte, Phobos.
A agência espacial russa Roskosmos reconheceu que em janeiro o aparelho pode entrar na atmosfera terrestre e desintegrar-se.
A Phobos-Grunt, cuja missão devia prolongar-se por três anos, tinha previsto pousar na lua marciana e efetuar análises e colher amostras que um módulo devia, em seguida, trazer para a Terra em 2014, marcando o primeiro voo de ida e volta ao sistema marciano.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Пуск РКН Зенит с АМС Фобос-Грунт

Sonda Espacial Russa à deriva no espaço

A sonda russa Phobos-Grunt, lançada ontem às 0h16 (20h16 em Lisboa) a partir do cosmódromo Baikonur, no Kazaquistão, apresentou problemas técnicos depois de alcançar a órbita terrestre, encontrando-se de momento à deriva no espaço.
Cerca de 11 minutos depois de se ter separado do foguete de lançamento Zenit-2, a sonda russa não tripulada deveria ter ligado os propulsores que lhe permitiriam seguir a sua rota em direção a Marte. Mas tal não aconteceu.

Os cientistas russos têm agora três dias para tentar reprogramar, a partir da Terra, os motores da Phobos-Grunt. Passado este período, se os propulsores não começarem a funcionar as baterias da sonda já estarão totalmente descarregadas.

"Não direi que foi um lançamento falhado. Esta é uma situação imprevista, com a qual estamos a lidar" declarou Vladímir Popovkin, diretor da agência espacial russa Roscosmos .

Sonda para estudar lua de Marte

A sonda Phobos-Grunt deveria dirigir-se para Phobos, uma das duas luas de Marte, numa missão de três anos que tinha como objetivo recolher amostras de solo e trazê-las de volta à Terra para serem analisadas, determinando se este satélite natural se trata de um asteroide preso na órbita de Marte ou um pedaço deste planeta que de separou depois de uma colisão com outro corpo celeste.

Segundo a agência Roscosmos, tal iria permitir uma melhor compreensão dos processos de formação do sistema solar.

Caso os especialistas consigam recuperar o controlo da sonda, voltando a ligar os seus propulsores, esta deverá alcançar a lua de Marte em fevereiro de 2012, estando o seu regresso à Terra previsto para agosto de 2014.
A última missão interplanetária russa bem sucedida remonta aos tempos da União Soviética, em 1986, quando as sondas Veja exploraram o planeta Vénus e o cometa Halley.

Veja o vídeo do lançamento da sonda Phobos-Grunt:

terça-feira, 8 de novembro de 2011

NASA capta novas imagens do asteróide que se aproxima da Terra

O asteróide 2005 YU55, com 400 metros de diâmetro, deverá “rasar” a Terra hoje cerca das 23h30 e a NASA captou uma imagem quando este estava a pouco mais de um milhão de quilómetros de distância.
A imagem foi captada na segunda-feira, às 19h45, pelos radares da Agência Espacial americana (NASA) em Goldstone, Califórnia, quando o asteróide se encontrava a 1,38 milhões de quilómetros da Terra.
As antenas de Goldstone estão voltadas para o YU55 desde 4 de Novembro e assim deverão continuar até ao dia 10. Este é um dos 1262 asteróides com mais de 150 metros de diâmetro que a NASA considera serem potencialmente perigosos.
Ainda assim, os astrónomos garantem que não há qualquer risco de o asteróide – que também está a ser seguido pelo Radar Planetário Arecibo (Puerto Rico) – acertar na Terra ou na Lua. A rota do YU55 vai passar no ponto mais próximo da Terra a 324.600 quilómetros de distância do centro do planeta, ou seja, a uma distância menor do que a que existe entre a Terra e a Lua (384.000 quilómetros). “A influência gravitacional do asteróide não terá qualquer efeito detectável na Terra, incluindo marés ou placas tectónicas”, garante a NASA, num comunicado desta terça-feira.
O YU55 já é um "asteróide razoável", disse o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, ao PÚBLICO. "No caso de um choque eventual, hipotético - que não vai acontecer -, teria efeitos menos interessantes. Tudo porque tem muita massa e há muita energia cinética em jogo. Segundo cálculos muito simplistas, se toda essa energia fosse convertida numa explosão, a energia equivaleria a cerca de 30 bombas nucleares".
Em Portugal, o Observatório não vai acompanhar a passagem do asteróide por causa das más condições meteorológicas. "As condições de observação não são favoráveis", disse Rui Agostinho.

Passagem do asteróide é oportunidade única para astrónomos
Esta é considerada uma oportunidade especial para os astrónomos, porque desde 1976 que nenhum corpo passava tão perto da Terra e só em 2028 voltará a repetir-se um fenómeno semelhante. Mas para conseguir ver o asteróide é preciso um telescópio com uma lente de, pelo menos, 15 centímetros.
Estes são objectos muito pequenos, "muito difíceis de estudar" e "o facto de termos um asteróide assim tão próximo da Terra, com brilho suficiente, é uma oportunidade única que nos permite classificá-lo com maior rigor", através de imagens de radar, como a do radio-telescópio de Arecibo, acrescentou Rui Agostinho.
Ainda assim, o conhecimento sobre o YU55 "já é de grande qualidade", tendo em conta que apenas foi identificado em 2005. "Este costuma estar entre Vénus e Marte, numa órbita muito estável que cruza a do planeta Terra", por exemplo. Esta é a altura ideal para estudar a sua composição mas, principalmente, a evolução da sua órbita.
Observações feitas no ano passado pelos radares de Arecibo permitem saber que o asteróide tem uma forma mais ou menos esférica e faz uma rotação lenta, a cada 18 horas. Também se sabe que é do tipo C, ou seja, é rico em carbono e terá um ar poroso e muito escuro. Segundo o que já foi observado, o asteróide está cheio de crateras.
Segundo a NASA, todos os dias a Terra é "pulverizada" com mais de 100 toneladas de material libertado pela passagem de asteróides e cometas, mas a maioria é apenas poeira e partículas muito pequenas. Rui Agostinho referiu que a passagem destes corpos celestes "não é tão rara como se pensa". Existe uma "família de asteróides na zona interior do sistema solar", acrescentou.

Notícia actualizada às 12h25 com declarações do director do Observatório Astronómico de Lisboa.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

China prestes a efetuar primeira acoplagem espacial

A China deu ontem mais um passo na conquista espacial. O lançamento da nave não tripulada Shenzhou-8 foi bem sucedido e a sua acoplagem com o laboratório espacial chinês Tiangong-I, em órbita desde final de setembro, está prevista para daqui a dois dias.

Os lançamentos das naves Shenzhou e respetivas acoplagens com o laboratório espacial são etapas essenciais para o início das atividades da primeira estação espacial chinesa, prevista para 2020.
Shenzhou-8 foi lançada ontem às 5h58 locais (21h58 em Lisboa) da base espacial de Jiuquan, no noroeste de China, um lançamento que foi transmitido em direto pela televisão estatal CCTV.
Estação espacial à vista
O procedimento de acoplagem é essencial para o sucesso da futura estação espacial da China, o que faz de Tiangong I um local de teste para as missões das naves Shenzhou.

A Estação Espacial Internacional, atualmente em órbita, funciona com a colaboração de cinco agências espaciais (NASA , Roscosmos , ESA , JAXA e CSA ), não incluindo a agência espacial chinesa CNSA .

Veja o lançamento da nave Shenzhou-8 e a simulação da sua acoplagem:

Asteroide aproxima-se da Terra na próxima semana

Última passagem de um asteroide de grande dimensão pela Terra ocorreu em 1976. Especialistas afirmam não haver qualquer perigo para o planeta.


Ana C. Oliveira (www.expresso.pt)


14:17 Quarta feira, 2 de novembro de 2011


O asteroide vai passar a uma distância de 325 mil quilómetros da Terra

NASA


O asteroide 2005 YU55, com 400 metros de largura, irá passar junto à Terra no dia 8 de novembro, não representando qualquer risco para o planeta, refere a notícia divulgada pela NASA .
A trajetória do 2005 YU55 será a mais próxima à Terra dos últimos 200 anos, apesar da órbita do asteroide o trazer várias vezes às proximidades do nosso planeta, de Marte e de Vénus. A uma distância de 325 mil quilómetros, o 2005 YU55 estará mais próximo da Terra do que a própria Lua.
A última vez que um asteroide desta dimensão se aproximou do nosso planeta foi em 1976 e prevê-se que a passagem de outro de semelhante envergadura ocorra apenas em 2028.
Cientistas aproveitam para estudar o 'visitante'
Os cientistas da NASA vão aproveitar a passagem do asteroide 2005 YU55 pela Terra para seguir de perto a sua trajetória e obter imagens que permitam estudar a sua superfície, forma, dimensão e características várias.
A observação da agência espacial norte-americana terá início na próxima sexta-feira, durante duas horas, através da utilização de uma antena de 70 metros, localizada nas instalações da NASA na Califórnia (Deep Space Network - Goldstone). A observação deverá continuar entre os dias 6 e 10, durante pelo menos quatro horas por dia.
O asteroide também será analisado pelo radar do Observatório de Arecibo, em Porto Rico.
Todos os astrónomos amadores que pretendam ver o asteroide poderão fazê-lo através de um telescópio com uma abertura de pelo menos 15 centímetros, refere a NASA.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Rede de telescópios tira partido da “inteligência colectiva”

Projecto «Gloria» permite que internautas de todo o mundo investigam astronomia a partir do seu computador

2011-10-20

Projecto nasce da experiência do Observatório Astronómico de Montegancedo

Uma rede mundial de telescópios robóticos à qual se pode aceder gratuitamente através da Internet e que permite a qualquer pessoa conectar-se e compartilhar tempo de observação está a ser desenvolvida num projecto europeu que acaba arrancar na Faculdade de Informática da Universidade Politécnica de Madrid (FIUPM).
O projecto chama-se «Gloria» (GLObal Robotic telescopes Intelligent Array for e-Science) e será uma ferramenta para quem quiser investigar astronomia, seja através da utilização dos telescópios, seja analisando dados astronómicos disponíveis em bases de dados públicas. A duração do projecto será de três anos e custará 2,5 milhões de euros.

O projecto nasce da experiência do Observatório Astronómico de Montegancedo, situado na FIUPM. Este foi o primeiro observatório astronómico do mundo com acesso livre e gratuito, controlado remotamente através de um software denominado Ciclope Astro, que será também utilizado pela rede mundial de telescópios.

Ciclope Astro fornece uma série de ferramentas que permitem realizar experiências astronómicas, criar cenários e controlar os telescópios e as câmaras. Francisco Sánchez, director do Observatório de Montegancedo, é também o coordenador deste projecto em que participam 13 associados da Rússia, Chile, Irlanda, Reino Unido, Itália, República Checa, Polónia e Espanha.
O primeiro dos 17 telescópios estará disponível na rede daqui a um ano. Todos eles vão partilhar o mesmo software. Além dos telescópios também serão desenvolvidas experiências de usuários, coordenadas por uma equipa da Universidade de Oxford, que criou o Galaxy Zoo, iniciativa online que convida os seus membros a classificar galáxias.

«Gloria» vai também organizar actividades escolares para atrair a atenção de novos usuários. O projecto propõe aglutinar pessoas de todo o mundo interessadas em astronomia com a finalidade de tirar partido da “inteligência colectiva” e potenciar a sua participação na investigação astronómica a partir da análise de dados e das próprias observações.

Singularidades do astro-rei desafiam Einstein

Físicos procuram teorias "melhores" que a da Relatividade
2011-10-18 Por Marlene Moura (texto)

Há já algum tempo que os investigadores da física fundamental tentam ir para além da Teoria da Relatividade, defendendo que há pequenas singularidades que “não se inserem no modelo padrão”. Apesar de ser “muito elegante”, existem “várias indicações de que não é a mais correcta” assegurou ao «Ciência Hoje» Vítor Cardoso, investigador do Centro Multidisciplinar de Astrofísica (CENTRA) do Instituto Superior Técnico e um dos membros do grupo que propõe que o sol pode ser usado para testar alternativas à teoria de Einstein.
O estudo, que será brevemente publicado na revista científica «The Astrophysical Journal», sublinha que a teoria, tal como proposta por Albert Einstein, descreve a atracção gravítica entre os corpos celestes como uma curvatura do espaço-tempo. Contudo, não explica alguns dos mais importantes problemas da cosmologia e física moderna, tais como a origem da matéria escura e/ou energia escura, e a existência de singularidades nas equações fundamentais, fazendo com que as leis da física deixem de ser validas.
Maximo Barados, da Universidade Católica no Chile, e o astrofísico português Pedro Ferreira, da Universidade de Oxford, propuseram uma variante (originalmente proposta por Arthur Eddington), que consegue evitar a formação de singularidades nas equações fundamentais, e onde o Universo não nasceu necessariamente de um Big Bang. “Esta teoria é semelhante à de Einstein, mas modifica a estrutura no interior das estrelas”, referiu ainda Vítor Cardoso.
Esta alternativa apresenta importantes diferenças na presença de matéria, mas torna-se equivalente no vazio. O investigador assegurou que para testar a teoria seria necessário recorrer “a estrelas muito densas”, ou seja, “estrelas de neutrões”, mas como o seu interior não bem conhecido e não é fácil chegar a estas, “a resposta é o sol”.
O interior desta estrela é conhecido com elevada precisão, permitindo testar as mais fundamentais leis da física. No entanto, “a densidade no seu interior depende da força de gravidade e da forma como o hélio e o hidrogénio estão distribuídos”, continuou. A vantagem é “conhecer os neutrinos que chegam do sol” – permitem “restringir teorias alternativas”.

Os cálculos da equipa do CENTRA-IST – Jordi Casanellas, Paolo Pani, Ilídio Lopes e Vítor Cardoso – mostram que a teoria de Banados-Ferreira prevê diferenças mensuráveis com a teoria de Einstein, e que os dados solares observacionais, heliosismologia e neutrinos solares permitem claramente distinguir entre os vários tipos de teorias de gravitação alternativas que são compatíveis com os dados solares actuais.

Maior telescópio do mundo poderá ter mão portuguesa

A indústria e institutos de investigação portugueses deverão participar na construção do maior telescópio do mundo, que funcionará no Chile a partir de 2018, segundo um responsável da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Este é um dos objectivos de um encontro que se realizará amanhã em Lisboa, promovido pela FCT, e que juntará elementos do Observatório Europeu do SUL (ESO) e responsáveis da indústria e de institutos de investigação e desenvolvimento portugueses.
O objectivo do encontro é “incentivar a indústria portuguesa a participar na construção e manutenção das infra-estruturas dos telescópios do ESO, tendo em vista nomeadamente projectos futuros como a construção do maior telescópio óptico/infravermelho do mundo” – o European Extremely Large Telescope (E-ELT) –, que será edificado no Chile e a sua conclusão está prevista para 2018.
O desafio que este encontro quer lançar às empresas portuguesas é para se candidatarem aos vários projectos de construção deste telescópio e serem, para tal, pagas através do orçamento do ESO.
Segundo Emir Sirage, da FCT e agente de ligação industrial com o ESO, estão previstas 50 participações portuguesas: 30 empresas e 20 unidades de investigação. Pretende “dar-se a conhecer ao ESO as empresas portuguesas e que estas têm capacidade para fornecer os serviços”, disse.
Não queremos que Portugal fique de fora desta corrida”, afirmou Emir Sirage, referindo-se ao E-ELT, o maior telescópio do mundo, com um espelho de 42 metros de diâmetro. Para Emir Sirage, são muitos os benefícios desta participação para as empresas portuguesas, já que terão “cadernos de encargos únicos”.

Em 2009 e 2010, a participação industrial portuguesa em infra-estruturas do ESO traduziu-se na adjudicação de contratos num valor superior a 2,5 milhões de euros. Anualmente, Portugal contribui com 1,5 milhões de euros para o ESO.

Satélites do GPS europeu foram lançados com sucesso na Guiana Francesa

Os dois satélites IOV, do sistema europeu de GPS, foram lançados com sucesso esta manhã em Kourou, na Guiana Francesa e já foram colocados em órbita.
O lançamento do foguetão russo Soiuz aconteceu hoje às 11h31 (hora de Lisboa), pela primeira vez na Guiana Francesa; os foguetões russos Soiuz são, normalmente, lançados do Norte da Rússia, em Plesetsk, e do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Os dois satélites - IOV1 e IOV2 (In-Orbit Validation, IOV), cada um com cerca de 700 quilos - fizeram uma viagem de cerca de 3h44m, quando foram finalmente colocados em órbita, a 23.222 quilómetros de altitude.
Cerca de dois minutos depois do lançamento, separaram-se os quatro propulsores do foguetão; oito minutos depois foi a vez da separação da parte superior, chamada "Fregat", onde se encontram os dois satélites. Este módulo accionou os seus próprios motores e levou os IOV até à órbita prevista.
“Este lançamento representa muito para a Europa: pusemos em órbita os dois satélites do Galileu, um sistema que vai colocar o nosso continentes como um jogador mundial no domínio estratégico das navegações de satélite, um domínio que tem enormes perspectivas económicas”, disse Jean-Jacques Dordain, director-geral da Agência Espacial Europeia.

Este lançamento é considerado um passo crucial para o sistema Galileu, projecto que pode significar o fim da dependência europeia do GPS, o equivalente norte-americano. De acordo com a ESA (agência espacial europeia), outros dois satélites deverão ser lançados para o próximo ano.

Os quatro satélites serão o núcleo operacional deste sistema de posicionamento geográfico que, quando estiver concluído, contará com um total de 30 satélites. Este projecto permitirá às "empresas e aos cidadãos o acesso directo a um sinal de navegação por satélite produzido pela Europa", salienta hoje a Comissão Europeia em comunicado. A partir de 2014, o Galileu poderá ajudar a "uma navegação automóvel mais precisa, uma gestão mais eficaz dos transportes rodoviários, melhores serviços de busca e salvamento, transacções bancárias mais seguras e um abastecimento mais fiável de energia eléctrica", acrescenta, a título de exemplo.
Segundo um comunicado da Arianespace, os foguetões Soiuz já realizaram 1770 missões em outras duas bases: no Cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão) e no Cosmódromo de Plesetsk, na Rússia.

Nasa recria imagem de supernova documentada há 2 mil anos

Nasa recriou a imagem da primeira supernova documentada, que foi observada por astrónomos chineses há quase dois mil anos e que teve as suas fotos divulgadas na segunda-feira.

A Nasa combinou dados de quatro telescópios espaciais diferentes para criar a imagem da supernova, conhecida como RCW 86, a mais antiga que consta dos registos de astronomia.

Os astrónomos chineses foram testemunhas do evento que aconteceu no ano 185 d.C., quando descobriram uma estrela muito luminosa que permaneceu no céu durante oito meses.

As imagens de raios X do observatório XMM-Newton da Agência Espacial Europeia e do Observatório de Chandra, da Nasa, foram combinadas para formar as cores azul e verde na imagem, que mostram que o gás interestelar aqueceu a milhões de graus devido à onda expansiva da supernova.

Os dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, e da sonda Wise (Wide-field Infrared Survey Explorer), que são vistos em amarelo e vermelho, revelam o pó que chega a várias centenas de graus abaixo de zero, cálido em comparação com o pó cósmico habitual na Via Láctea, indicou a agência espacial.
Mediante o estudo dos raios X e dos dados infravermelhos, os astrónomos foram capazes de determinar que a causa daquela misteriosa explosão no céu foi uma supernova de tipo Ia, que se produz depois da violenta explosão de uma estrela anã branca.


A supernova RCW 86 está a aproximadamente oito mil anos-luz de distância. Tem 85 anos-luz de diâmetro e ocupa uma região do céu na constelação austral de Circinus que, segundo indica a Nasa como referência, é ligeiramente maior que a lua cheia.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

asteróides em rota de colisão

http://aeiou.expresso.pt/981-asteroides-de-grande-dimensao-ameacam-a-terra=f677995

Afinal, os asteróides entre 100 e 1.000 metros de diâmetro que rondam o planeta não são 35.000, como era suposto, mas sim apenas cerca de 20.000. O risco de colisão também é mais pequeno do que era estimado até agora. O problema é que 981 (pensava-se que fossem 1000) são de grandes dimensões e podem, de facto, chegar a ameaçar a Terra.




As novas observações desses corpos celestes - que orbitam a uma distância máxima do sol de 195 milhões de quilómetros e se aproximam da órbita terrestre - foram feitas pelo satélite Wise, da NASA, que observou mais de 100.000 asteróides na cintura entre Marte e Júpiter, 585 dos quais estão próximos da Terra.
Os resultados do estudo dirigidos pelo cientista Amy Maizer, investigador da NASA, foram publicados no "Astrophysical Journal".

NASA localizou 90% dos 981 asteróides de grande dimensão

"Este programa permite-nos fazer uma mostra mais completa da quantidade de asteróides que rondam a Terra e estimar da forma mais precisa possível a sua população total", enfatizou Amy Mainzer.



A NASA, em colaboração com outros organismos, localizou mais de 90% dos 981 asteróides de grande tamanho. Ou seja, 911.



O estudo permite concluir que o risco de colisão com a Terra é inferior ao que se pensava. No entanto, a maior parte desses asteróides, ou seja, cerca de 15.000, está ainda por descobrir. O que significa que são necessários mais estudos para avaliar o risco que representam.



Recorde-se que os dinossauros foram extintos há milhões de ano devido - a teoria mais corrente - à colisão de um asteróide de mais de 10 quilómetros de diâmetro com a Terra. Acredita-se que muitos dos 981 asteróides que rondam o planeta terão dimensão semelhante.

sábado, 10 de setembro de 2011

Satélite que vai cair na Terra preocupa NASA (vídeo)

Entre final de setembro e outubro um satélite à deriva deverá cair na Terra. Para já, a NASA não sabe que região poderá ser atingida pelos mais de 500 quilos de metal.
16:00 Sexta feira, 9 de setembro de 2011


A agência espacial norte-america, NASA, reconheceu estar "preocupada" com a queda prevista para final de setembro e outubro, de um satélite com mais de 20 anos.
Os restos mortais do Upper Atmosphere Research Satellite (UARS) podem cair em qualquer lugar mas, segundo os cientistas, a possibilidade de atingirem alguém é de um para 3.200. Com efeito, parte do equipamento de 5.9 toneladas deverá desintegra-se ao entrar na atmosfera terrestre, onde não deverá chegar, pelas contas da NASA, cerca de 544 quilos de metal.
Bem menos do que estação espacial russa Mir de 123 toneladas, que caiu na Terra em 2001 ou do Skylab (91 toneladas), atingindo a superfície terrestre em 1979. Em ambos os casos ninguém foi atingido.

Um para 10.000

"Desde o fim da corrida do espaço que reentram regularmente na atmosfera objetos, sem que ninguém tenha sido atingido até à data", lembrou Gene Stansbery, da NASA. "Isso não significa que não estejamos preocupados", acrescentou.
Atualmente, a NASA tem uma regra, segundo a qual, a possibilidade de um satélite atingir alguém não poderá ser maior do que um para 10.000. Só que o UARS foi lançado em 1991, bem antes dessa regra ter sido adotada.
Este satélite, sem combustível desde 2005, foi lançado com o intuito de estudar as alterações climáticas, medindo a concentração de determinadas substâncias químicas na atmosfera.
"É muito cedo para dizer com rigor quando é que o UARS deverá rentrar na atmosfera, e em que região deverá cair, mas a NASA segue a situação de muito perto", rematou Gene Stansbery.

sexta-feira, 18 de março de 2011

A sonda que tinha partido há quase 7 anos já está em órbita

A sonda americana Messenger tornou-se esta madrugada o primeiro engenho espacial a instalar-se na órbita de Mercúrio, o planeta mais próximo do sol, anunciou a NASA.



A sonda começou a sua rotação em torno de Mercúrio às 02h00 e irá continuar em redor do planeta mais quente do sistema solar durante um ano, indicou a agência espacial norte-americana.

O engenho espacial começou a sua viagem há quase sete anos, tendo já passado em diversas ocasiões nas proximidades de Vénus e de Mercúrio, sem nunca se ter instalado nas suas órbitas.

Os instrumentos a bordo do Messenger serão activados e verificados no dia 23 de Março e no dia 4 de Abril irá começar a fase científica da missão.

O aparelho transporta diversos instrumentos científicos, nomeadamente um sistema de recolha de imagens, um espectrómetro de análise da atmosfera e do sol e um espectrómetro de observação do plasma e das partículas energéticas.

A sonda completará a rotação de Mercúrio em 12 horas a uma altitude mínima de 200 quilómetros, precisou a NASA. Tudo isto acontecerá a 46 milhões de quilómetros do sol e a 155 milhões de quilómetros.

A sonda já percorreu cerca de oito mil milhões de quilómetros no espaço desde o seu lançamento, em Agosto de 2004.

terça-feira, 8 de março de 2011

Comunidade científica desvaloriza estudo sobre vida extraterrestre em meteorito


O estudo recentemente editado em que o investigador da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) Richard Hoover afirma ter encontrado provas da existência de vida fora da Terra, em fósseis de bactérias encontrados num fragmento de meteorito, está a ser desvalorizado pela maior parte da comunidade científica.

Publicado no «Journal of Cosmology», o artigo foi hoje amplamente divulgado e levantou tantas desconfianças que a própria NASA, a meio da tarde, emitiu uma nota (no spaceref.com) onde dizia “não poder apoiar uma afirmação científica a não ser que esta tenha sido completamente revista por especialistas qualificados”, o que não foi o caso. O artigo em questão, acrescenta, “foi submetido em 2007 para publicação no «International Journal of Astrobiology». No entanto, o processo de revisão não foi concluído e a publicação não foi possível”.

Mesmo antes da emissão desta nota, o blogue português astropt.org editou um post em que se explica que o «Journal of Cosmology» “já foi duramente criticado por conter artigos de índole duvidosa do ponto de vista científico, estando já anunciado o fim desta publicação online”. O artigo em questão, continua, “foi também criticado por especialistas que afirmam não existir fundamento para o que é afirmado”.

Os autores remetem para o blogue «RRRESEARCH», de Rosie Redfield, investigadora do Life Sciences Centre (University of British Columbia) que faz “uma crítica técnica ao artigo”.

Nesse mesmo blogue encontra-se uma nota de Lynn Rothschild, uma astrobióloga da NASA. A investigadora esclarece: “Richard Hoover é engenheiro no Marshall Space Flight Center e não biólogo de formação. Na verdade, existem biólogos profissionais naquele centro, mas não acredito que estejam de alguma forma envolvidos neste trabalho”.

Acrescenta ainda que todos os artigos de Hoover neste âmbito estão em publicações onde não existe a revisão por pares (peer review) e que todos os prémios que já obteve foram na área da engenharia.

Em conversa com o «Ciência Hoje», Zita Martins, especialista portuguesa em astrobiologia e investigadora no Imperial College London, diz que os dados apresentados no estudo não parecem “muito credíveis”. A investigação “não foi feita da melhor forma” e o “artigo não foi submetido a avaliação antes de ser publicado”. Para a cientista, estas são razões suficientes para, de um maneira geral, os cientistas não estarem a valorizar esta investigação.

Richard  Hoover estudou durante uma década um tipo extremamente raro de meteoritos carbonáceos denominados CI1, que se encontraram em locais como a Antárctida, Sibéria e Alasca. O investigador analisou o interior do meteorito através de microscopia electrónica.

Conseguiu registar microfósseis semelhantes às cianobactérias que existem na Terra e outros que não conseguiu identificar com algo conhecido. Hoover acredita que estes microfósseis têm origem extraterrestre e não são provenientes de contaminação terrestre.

Já a prever a controvérsia que o artigo poderia gerar, a direcção do «Journal of Cosmology» convidou mais de cinco mil personalidades da comunidade científica a estudarem e comentarem o mesmo.

Artigo: Fossils of Cyanobacteria in CI1 Carbonaceous Meteorites

segunda-feira, 7 de março de 2011

Discovery despede-se de vez do Espaço e regressa à Terra

O vaivém espacial norte-americano Discovery está de regresso à Terra, depois de uma missão de oito dias na Estação Espacial Internacional (EEI), a última que o histórico aparelho da NASA efetuou no Espaço em 27 anos.
Segundo as agências internacionais, o Discovery retirou-se hoje das plataformas da EEI, a 355 quilómetros de distância, e está prevista a chegada à Terra na quarta-feira com seis tripulantes a bordo.
Este é o mais velho dos três vaivéns que a NASA colocou no Espaço nos últimos anos, juntado-se ao Endeavour e ao Atlantis, tendo somado mais de 230 milhões de quilómetros nas 39 missões ao Espaço e o seu destino final será agora um museu.
Numa mensagem deixada através da rede social Twitter, o comandante da Estação Espacial Internacional, Scott Kelly, assinalou a partida do Discovery sublinhando que foi um vaivém "grandioso, que apoiou a EEI mais do que qualquer outro aparelho".
Na última viagem do Discovery à EEI, os astronautas puderam levar toneladas de material e incluir um novo módulo permanente para armazenamento.
A chegada do Discovery ao Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, está marcada para quarta-feira, às 16:58 (hora de Lisboa).

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Fotos da NASA permitem ver todas as faces do Sol a partir de hoje

A partir de hoje, os astrónomos poderão saber o que se passa em tempo real em toda a superfície do Sol. Duas sondas da NASA estão em lados opostos da estrela e tiram fotografias que dão um panorama total do astro.


06.02.2011 - 18:39 Por Nicolau Ferreira


O Sol que se vê a partir da Terra parece um astro sossegado, mas é uma massa esférica de plasma com actividade magnética intensa. Até agora não existia uma imagem total da todo o Sol, mas a partir de hoje as duas sondas do projecto Stereo (Solar Terrestrial Relations Observatory) chegaram finalmente à sua posição final. Estão em locais opostos, a um ângulo de 180 graus, o que permite tirar fotografias complementares, em tempo real, dos dois hemisférios do astro.

“Isto é um grande momento para a física solar”, disse, em comunicado, Angelo Vourlidas, um membro da equipa. “O Stereo revelou o que o Sol realmente é – uma esfera de plasma quente com um tecido intricado de campos magnéticos.”
As duas sondas Stereo (A e B) foram lançadas em Outubro de 2006. As suas viagens foram feitas em sentidos diferentes e ao longo do tempo as sondas foram tirando fotografias do Sol. As fotografias de 2 de Fevereiro (na imagem) obtiveram uma representação quase total do Sol, deixando apenas uma pequenina faixa de fora. Segundo a NASA, a partir de hoje as fotografias dão uma representação total.



“Com esta informação, podemos girar em torno do Sol para ver o que se passa no horizonte sem nunca sairmos das nossas secretárias”, disse em comunicado Lika Guhathakurta, outra cientista que pertence ao programa Stereo. “Espero um grande avanço na física solar teórica e nas previsões do tempo do espaço”, disse a cientista, referindo-se à massa de partículas provenientes do Sol que alcançam a Terra. Se forem muito fortes, podem provocar fenómenos como auroras boreais ou um colapso dos sistemas de transmissão.


As sondas tiram fotografias em quatro comprimentos de onda diferentes, no extremo da radiação ultra-violeta. Desta forma, conseguem identificar acontecimentos importantes da superfície solar, como erupções, tempestades solares ou filamentos magnéticos. Uma terceira sonda pertencente ao programa Stereo, que orbita à volta da Terra, também está constantemente a fotografar o Sol, completando a informação vinda das Stereo A e B.

A partir de agora, os cientistas podem antecipar melhor os fenómenos que surgem na superfície do Sol e que influenciam a Terra. “Actividades que se passam na região mais distante não nos apanharão mais desprevenidos”, explicou em comunicado Bill Murtagh, um cientista do Centro de Previsões do Tempo Espacial, no Colorado, que pertence à NOAA (sigla em inglês para a Administração Nacional para os Oceanos e Atmosfera).

“Com este modelo podemos também seguir as tempestades solares que vão em direcção aos outros planetas. Isto é importante para missões da NASA em Mercúrio, Marte ou asteróides”, acrescentou.

Por outro lado, com os dados obtidos a partir das fotografias vai ser possível relacionar fenómenos que acontecem em pontos distante no Sol. Os cientistas há muito que suspeitam que a actividade solar pode estar interligada globalmente, com erupções solares distantes a influenciarem-se umas às outras.

“Há muitos puzzles fundamentais por trás da actividade solar”, disse Vourlidas. “Ao monitorizarmos todo o Sol, podemos encontrar peças que nos faltam.”

O projecto Stereo vai continuar durante os próximos oito anos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Space Oddity

In this image taken by the Hubble Space Telescope, an unusual, ghostly green blob of gas appears to float near a neighboring spiral galaxy.
The bizarre object, dubbed Hanny's Voorwerp (Hanny's Object in Dutch), is the only visible part of a 300,000-light-year-long streamer of gas stretching around the galaxy, called IC 2947. The greenish Voorwerp is visible because a beam of light from the galaxy's core illuminated it. This beam came from a quasar--a bright, energetic object powered by a black hole. The quasar may have turned off about 200,000 years ago.
This Hubble view uncovers a pocket of star clusters, the yellowish-orange area at the tip of Hanny's Voorwerp. The star clusters are confined to an area that is a few thousand light- years wide. The youngest stars are a couple of million years old. The Voorwerp is the size of our Milky Way galaxy, and its bright green color is from glowing oxygen.

In this image taken by the Hubble Space Telescope, an unusual, ghostly green blob of gas appears to float near a neighboring spiral galaxy.

The bizarre object, dubbed Hanny's Voorwerp (Hanny's Object in Dutch), is the only visible part of a 300,000-light-year-long streamer of gas stretching around the galaxy, called IC 2947. The greenish Voorwerp is visible because a beam of light from the galaxy's core illuminated it. This beam came from a quasar--a bright, energetic object powered by a black hole. The quasar may have turned off about 200,000 years ago.
This Hubble view uncovers a pocket of star clusters, the yellowish-orange area at the tip of Hanny's Voorwerp. The star clusters are confined to an area that is a few thousand light- years wide. The youngest stars are a couple of million years old. The Voorwerp is the size of our Milky Way galaxy, and its bright green color is from glowing oxygen.
An interaction between IC 2947 and another galaxy about a billion years ago may have created Hanny's Voorwerp and fueled the quasar. The Hubble image shows that IC 2947 has been disturbed, with complex dust patches, warped spiral arms, and regions of star formation around its core. These features suggest the aftermath of a galaxy merger. The bright spots in the central part of the galaxy are star-forming regions. The small, pinkish object to the lower right of IC 2397 is an edge-on spiral galaxy in the background.

The image was made by combining data from the Advanced Camera for Surveys and the Wide Field Camera 3. The ACS exposures were taken April 12, 2010; the WFC3 data, April 4, 2010.
Image Credit: NASA, ESA, W. Keel (University of Alabama) and the Galaxy Zoo Team

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Novo cálculo sugere que Via Láctea é pequena


Um novo estudo feito por astrónomos brasileiros sugere que a Via Láctea, galáxia na qual está inserido o Sistema Solar, pode ser menor do que se imaginava.
«Determinar as suas propriedades é complicado porque não podemos vê-la de cima. Estamos no lado de dentro», disse Alessandro Moisés, da Universidade Federal do Vale do São Francisco em São Raimundo Nonato (Piauí).
O investigador foi o primeiro autor do estudo feito em colaboração com cientistas da USP, da Univap e de duas instituições americanas. O trabalho foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
A forma tradicional de mapear a galáxia é estudar regiões com a presença de muito gás e formação intensa de estrelas de alta massa.
A análise dos sinais de rádio emitidos por essas regiões permite inferir a velocidade com que nuvens e estrelas transitam na sua órbita em redor do centro galáctico.
«É como se fosse um velho disco de vinil a girar numa grafonola», diz Moisés. «As partes mais externas precisam de avançar a uma velocidade maior que as internas, pois a distância que percorrem em redor do centro é maior.»
Por isso, com base na velocidade (ditada pela massa da galáxia, de acordo com as leis da gravidade), os radioastrónomos estimam a que distância do centro está a uma dada região.

Mas a técnica exige uma série de pressuposições (sobre parâmetros como a matéria total presente na galáxia) e está sujeita a erros. Esta estimava o tamanho da galáxia em algo próximo de 100 mil anos-luz, com alguma margem de tolerância.
Moisés e os seus colegas utilizaram, então, uma técnica alternativa. Em vez de usar a velocidade medida por rádio, procuraram identificar estrelas individuais pertencentes a essas regiões e estimar a sua distância com base no brilho.
Praticamente todas as medições, feitas com os telescópios Soar e Blanco, ambos no Chile, apontaram distâncias menores do que as estimadas por rádio. Em média, a metade do que antes se pensava - uma diferença gritante.
Informalmente, os cientistas apelidaram o fenómeno de «the incredible shrinking galaxy».

Descoberto primeiro planeta rochoso fora do sistema solar - NASA

Washington, 11 jan (Lusa) - A NASA, agência espacial norte-americana, anunciou na segunda-feira a descoberta do primeiro planeta rochoso fora do sistema solar, do tamanho quase da Terra, graças à ajuda da sonda espacial Kepler.
Em órbita à volta de uma estrela a uma distância que não lhe permite ser habitado, este exoplaneta, batizado de Kepler-10b, é o primeiro que é rochoso em cerca de 500 descobertas fora do sistema solar desde 1995, sendo os anteriores essencialmente gasosos.
O Kepler-10b é também o planeta cujo tamanho mais se aproxima do da Terra, com um diâmetro 1,4 vezes maior, precisaram os astrónomos da missão Kepler.