terça-feira, 20 de janeiro de 2009


The Chinese Shenzhou-7 manned spaceship, the Long-March II-F rocket and the escape tower are transferred to the launch pad at the Jiuquan Satellite Launch Center, Gansu province, China on September 20, 2008. Taikonaut Zhai Zhigang performed China's first-ever spacewalk on the successful mission. (REUTERS/Stringer

This sequence of 12 frames was taken by NASA's Cassini spacecraft over a span of about 45 minutes on March 12, 2008. In that brief time, Cassini covered almost 40,000 kilometers in its approach to a flyby encounter with Enceladus, one of the moons of Saturn. The overexposure and smearing of the images gives a hint of the raw speed involved - 14.4 km/sec (or 32,211 mph). Shortly after this sequence, at its closest, Cassini approached within 52 km (32.3 miles) of the surface of Enceladus. (NASA/JPL-Caltech) #


http://www.boston.com/bigpicture/2008/12/2008_the_year_in_photographs_p.html

Astronaut Karen Nyberg, STS-124 mission specialist, looks through a window in the newly installed Kibo laboratory of the International Space Station while Space Shuttle Discovery is docked with the station on June 10th, 2008. (NASA)

Spacesuit engineer Dustin Gohmert drives NASA's new lunar truck prototype through the moon-like craters of Johnson Space Center's Lunar Yard. The lunar truck was built to make such off roading easy, with six wheels that can be steered independently in any direction. In addition, the steering center can turn a full 360 degree, giving the driver a good view of what's ahead, no matter which way the wheels are pointing. (NASA/JSC)
The Space Shuttle Discovery lifts off from launch pad 39-A at Kennedy Space Center on May 31, 2008 in Cape Canaveral, Florida, en route to the International Space Station on a construction mission.

Parque Biológico constrói cúpula para ver estrelas

Observatório astronómico será inaugurado em Abril no ponto mais alto do espaço verde

01h00 m
CARLA SOFIA LUZ
Os animais podem ser as estrelas do Parque Biológico de Gaia, mas o futuro contará com o brilho de outros protagonistas.
Um dos projectos para este ano é a construção de um observatório astronómico no ponto mais alto do espaço verde.
A cúpula nascerá num terreno cujo acesso está interdito ao público. O parque conquistará mais alguns metros e o percurso dos visitantes alterar-se-á com a introdução desta valência e a abertura dos novos pavilhões de exposição já em construção. Não é uma novidade para o parque - que possuiu actualmente mais utentes adultos do que crianças entre os 130 mil clientes anuais - colocar os visitantes de cabeça no ar. Ocasionalmente, fazem-se observações nocturnas de estrelas e de planetas numa área, próxima da entrada do parque. O futuro observatório permitirá que as iniciativas se realizem com mais frequência e maior conforto.
"A ideia do observatório astronómico já é antiga. Ao fazerem-se os pavilhões de exposição, tomou-se a decisão definitiva de construi-lo no mesmo local. Actualmente, fazemos actividades de observação astronómica, mas tínhamos sempre de andar com os equipamentos pesados de um lado para o outro. E as actividades eram feitas ao ar livre. Desde que o céu não esteja encoberto, será possível realizar observações com maior frequência", esclarece, ao JN, Nuno Oliveira, presidente da Empresa Municipal do Parque Biológico de Gaia. A execução da cúpula está adjudicada.
Logo que o edifício fique concluído, os telescópios serão posicionados e ficarão em permanência no novo espaço. A vontade de Nuno Oliveira é que o observatório abra as portas a 8 de Abril, ou seja, no dia da Astronomia.
Dois meses depois, serão inaugurados os pavilhões de exposição com mais do dobro de área da infra-estrutura actual, situada no início do percurso do parque. O pavilhão antigo será demolido, assim que os novos (com uma área que corresponde a cerca de dois mil metros quadrados) fiquem prontos. A exposição retratará os diferentes ecossistemas.
"Gostaríamos de abrir o novo espaço expositivo a 5 de Junho no Dia Mundial do Ambiente. Terá o deserto, a savana, as dunas litorais, a floresta tropical e um ambiente jurássico", sublinha Nuno Oliveira. Como não é possível ter animais vivos de grande porte (alguns extintos), o Parque Biológico apresentará réplicas de zebras, de elefantes, de leopardos, de crocodilos e de dinossauros. "Queremos ter uma exposição com três elementos: animais e plantas vivas e réplicas", assinala. As figuras em tamanho real foram produzidas nas Filipinas e vêm, neste momento, a caminho de Portugal dentro de um contentor num barco. Chegarão este mês a Gaia.
No ano em que se celebra o bicentenário do nascimento de Darwin, o Parque Biológico, que também está a reformular a biblioteca e do centro de documentação, está a organizar uma exposição sobre o cientista. A mostra, a inaugurar a 12 de Fevereiro, ficará patente durante um ano.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Marte emite metano e está vivo


00h30m
EDUARDA FERREIRA
As suspeitas levaram a observações sistemáticas desde 2003: Marte teria emissões de metano. Cientistas da NASA dizem agora ter confirmado o fenómeno, ainda que não saibam se a origem é de natureza biológica ou geológica.
A atmosfera de Marte contém metano que está permanentemente a ser produzido e destruído, garantem cientistas da agência espacial norte-americana que desde há quase seis anos vêm fazendo observações com dois tipos de telescópios. Em 2003, Michael Mumma e a sua equipa tinham observado plumas de metano libertando-se em regiões do hemisfério Norte do planeta. Tal libertação era significativa, mas foi necessário este tempo para confirmar que se tratava mesmo de um processo contínuo.
Os cientistas foram observando emissões como se de um fumo de chaminé se tratasse (plumas). Eles chegaram mesmo a quantificar o gás saído para a atmosfera de Marte: nas zonas observadas equivaleria a quase 19 mil toneladas de metano. O fenómeno só foi observável no hemisfério Norte de Marte e durante as estações mais quentes. Isto talvez porque, especulam os cientistas, o gelo que tapa crateras e fissuras no solo durante a estação fria não permita ao gás escapar.
Os cientistas não colocam a hipótese de o metano ter sido levado para Marte por qualquer corpo celeste, como um cometa que ali tivesse impactado. As observações dirigem-se, portanto, às duas fontes possíveis: ou a água subterrânea está a produzir reacções químicas com elementos metálicos ou o gás surge da acção de micro-organismos.
De acordo com Michael Mumma, se for a vida microscópica marciana a produzir o metano, isso ocorrerá bastante abaixo da superfície, onde as temperaturas permitem a existência de água no estado líquido. É possível que esses micro-organismos tenham subsistido por milhões de milhões de anos.
Para estas observações os cientistas recorreram a dois tipos de equipamentos: Acoplaram espectómetros aos telescópios instalados no Havai para conseguirem a difracção da luz nas cores que a compõem, tal como um prisma a separa nos tons do arco-íris. Por este processo identificaram características espectrais que correspondem ao metano. As certezas dos cientistas quanto às emissões contínuas do gás baseiam-se também no facto de a atmosfera de Marte destruir de forma muito rápida o metano. Logo, se ele se mantém presente, é porque está a ser emitido em contínuo.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Ano Internacional de Astronomia


O Ano Internacional da Astronomia 2009 (AIA2009) será uma celebração global da astronomia e da sua contribuição para a sociedade e para a cultura, estimulando o interesse a nível mundial não só na astronomia, mas na ciência em geral, com particular incidência nos jovens.O AIA2009 assinala o passo de gigante que constituiu a primeira utilização do telescópio para observações astronómicas por Galileu, e retrata a astronomia como uma iniciativa cientifica pacifica que une os astrónomos numa família internacional e multicultural, trabalhando em conjunto para descobrir as respostas para algumas das questões mais fundamentais para a Humanidade. O AIA2009 é, antes de mais nada, uma actividade para os cidadãos do Planeta Terra. Pretende transmitir o entusiasmo pela descoberta pessoal, o prazer de partilhar conhecimento sobre o Universo e o nosso lugar nele e a importância da cultura científica. A maior parte das actividades do AIA2009 terá lugar a vários níveis: local, regional e nacional. Alguns países formaram já comités nacionais para preparar actividades para 2009. Estes comités constituem colaborações entre astrónomos amadores e profissionais, centros de ciência e comunicadores de ciência. A nível geral, a União Astronómica Internacional (UAI) terá um papel de destaque enquanto catalizadora a coordenadora. A UAI irá organizar um pequeno número de eventos globais ou internacionais como as Cerimónias de Abertura e Encerramento, mas as principais actividades terão lugar a nível nacional e serão coordenadas pelos Nodos Nacionais em estreita colaboração com a UAI.Em Dezembro de 2007 a Organização das Nações Unidas declarou 2009 como Ano Internacional da Astronomia
download da brochura do AIA 2009
© 2009 AIA 2009 - Ano Internacional da Astronomia 2009

Prémios Nobel abrem Ano Internacional da Astronomia em Paris


Prémios Nobel como Bob Wilson (Física) e Baruch Blumberg (Medicina) e cientistas de renome mundial como Hubert Reeves, Martin Rees e Michel Mayor, participam hoje na sede da UNESCO, em Paris, na cerimónia oficial de abertura do Ano Internacional de Astronomia (AIA 2009), onde estão presentes mais de 600 pessoas, incluindo 200 jovens estudantes provenientes de 100 países e representantes governamentais.
Depois da abertura oficial segue-se uma conferência que vai abordar os temas "Astronomia: História e Cultura", "De Galileu (400 anos) a Apollo (40 anos)" e "Astronomia moderna: descobertas das nossas origens", e uma conferência de imprensa com o famoso astrofísico Hubert Reeves, o Nobel da Física Bob Wilson e a presidente da União Astronómica Internacional, Catherine Cesarsky, entre outros.
O AIA é coordenado por um astrónomo português, Pedro Russo, e patrocinado pela ONU, UNESCO e União Astronómica Internacional, coincidindo com os 400 anos das primeiras observações do espaço celeste feitas por Galileu com um telescópio astronómico. O objectivo da iniciativa é promover a observação do céu e criar uma plataforma para informar o público sobre as descobertas mais recentes na Astronomia, assim como demonstrar o papel central que esta ciência pode desempenhar na educação científica.
Amanhã, sexta-feira, as cerimónias continuarão com a conferência e novos temas: "Estrelas: vida e morte", "Buracos negros e Espaço" e "Observação remota". Haverá ainda uma videoconferência ao vivo com os astrónomos do VLT (Very Large Telescope), um dos maiores telescópios do mundo, localizado no Deserto do Atacama (Paranal), no Chile, que pertence ao Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla inglesa).
Na videoconferência Hubert Reeves falará sobre 'A questão dos universos paralelos' e o astrónomo francês André Brack sobre 'A maior questão de todas: a procura de vida extraterrestre'.
Portugal é membro do ESO, o que permite aos nossos astrónomos usarem regularmente tempo de observação nos telescópios gigantes do Chile e participarem em projectos europeus.
No nosso país, a abertura oficial do AIA 2009 está marcada para 31 de Janeiro na Casa da Música, no Porto e inclui uma palestra da conhecida astrofísica Teresa Lago, professora da Universidade do Porto, um concerto da Orquestra Nacional do Porto - que vai interpretar obras sobre a temática da astronomia, como 'Os Planetas', de Gustav Holst - e uma sessão de observação astronómica.

Espectáculo cósmico em 135 países

Nebulosa Gemini
O Ano Internacional da Astronomia terá iniciativas durante os 365 dias do ano. Sob o lema "Descobre o teu Universo", o AIA 2009 mobiliza na sua organização milhares de astrónomos profissionais e amadores de 135 países.
Em Portugal, entre observações, exposições, debates, "workshops", concursos e edições de livros, vão acontecer milhares de eventos em 2009 - ver em www.astronomia2009.org
E mais de 230 instituições - centros de investigação, sociedades e associações científicas, observatórios astronómicos, planetários, museus de ciência, escolas e autarquias - estão associadas ao AIA 2009.


1. Eventos globais
- "Grupo de Física Solar": este grupo fez no dia 1 de Janeiro uma campanha mundial envolvendo 30 países e 150 eventos, onde astrónomos montaram telescópios nas ruas e centros de ciência para o público em geral poder observar o Sol.
- "Diário Cósmico": tem um site oficial em www.cosmicdiary.org e mostra-nos a rotina diária de astrónomos profissionais.
- "365 dias de Astronomia": publica um "podcast" por dia em http://365daysofastronomy.org
- "100 horas de Astronomia": vai acontecer entre 2 e 5 de Abril e pretende ter o número máximo de pessoas a espreitar por um telescópio tal como Galileu o fez há 400 anos. Terá ainda actividades de divulgação e "webcasts" ao vivo em www.100hoursofastronomy.org
- "Da Terra para o Universo": colocação de imagens astronómicas de grandes dimensões em locais não convencionais em mais de 30 países. Em Portugal poderão ser vistas em MUPI nas ruas e em exposições.
- "The World at Night": exposições e eventos educativos com fotos e videos de paisagens onde surge o céu estrelado.
- "Dark Skies Awareness": sensibilizar o público para o problema da poluição luminosa nas áreas urbanas. Em Portugal o evento será promovido durante a "Noite da Astronomia", no dia 15 de Julho, em que as luzes da zona central de várias cidades serão desligadas durante algumas horas. Ver em www.darkskiesawareness.org
2. Projectos nacionais
- Participação nacional nos eventos globais.
- "Workshops" para professores por todo o país.
- Concurso de Astronomia Artística para alunos do ensino básico e secundário.
- Publicação da versão portuguesa do livro "Sidereus Nuncius" de Galileu Galilei, onde ele relata algumas das suas primeiras observações astronómicas.
- "E agora eu sou Galileu", uma iniciativa em que se vão reproduzir por todo o país as observações de Galileu.
- Série de selos dos CTT alusiva à astronomia.
3. Eventos celestes a não perder
- 22 de Julho: o maior eclipse total do Sol do século XXI, com a duração de 6 minutos e 39 segundos, visível num estreito corredor que passará pela Índia, Bangladesh e China.
- Meio de Outubro: Júpiter será visível durante o crepúsculo do Hemisfério Norte.
- Meio de Novembro: forte chuva de meteoros, com cerca de 500 estrelas cadentes por hora.

Como nasceram as estrelas?

















A Astronet, uma organização que reúne 28 instituições europeias ligadas à astronomia e à exploração espacial, incluindo as maiores agências de financiamento de projectos nesta área - como a Agência Espacial Europeia (ESA) e o Observatório Europeu do Sul (ESO) - listou as grandes questões que os astrónomos e físicos do Velho Continente querem ver respondidas nos próximos 20 anos.
Nebulosa Orion
Recorde-se que a organização propôs recentemente um plano a 20 anos de construção de infraestruturas e de formação e recrutamento dos recursos humanos necessários para que a ciência europeia possa dar respostas esclarecedoras quanto a muitas dessas questões.
Eis algumas das mais importantes:
1. Como começou o Universo? Conhecer a sua origem é o objectivo supremo da Física. A descrição dos primeiros instantes do Universo vai exigir a descoberta de uma teoria quântica da gravidade. Até agora, foram as cinco teorias das cordas e a Teoria M (que as combina) que mais se aproximaram deste objectivo. Em todo o caso, os cosmólogos trabalham com a Teoria do Big Bang para explicar a evolução do Universo desde o primeiro segundo até à actualidade.
2. O que é a matéria escura e a energia escura? Todas as estruturas do Universo limitadas pela força da gravidade parecem ser dominadas por matéria escura, invisível. Identificá-la é, por isso, fundamental para a Cosmologia e para a Física. Por outro lado, o Universo é dominado por um tipo de energia desconhecida (escura), uniformemente distribuída, que explica, por exemplo, porque está a acelerar a sua velocidade de expansão.





Nebulosa Iris
3. Como funcionam as supernovas? As explosões de supernovas representam o final da evolução das estrelas e constituem os fenómenos mais extremos do Universo em termos de temperatura, densidade da matéria e da energia. Estão na origem da formação de estrelas de neutrões e de buracos negros, e criam alguns dos mais importantes elementos químicos necessários à existência de vida.
4. E os buracos negros? O crescimento dos buracos negros é considerado a fonte de energia mais eficiente que há: 5% da energia total emitida no Universo tem origem neste processo. É uma energia gravitacional libertada da matéria que cai nos buracos negros, mas os detalhes de todo o fenómeno são ainda desconhecidos. Os cientistas pensam que estes objectos supermassivos têm um efeito decisivo no funcionamento das galáxias que os albergam, em especial na formação de estrelas.
Cometa Hale_Bopp
5. Como evoluiu o Universo? O mistério do nascimento das primeiras estrelas, supernovas, buracos negros e galáxias, bem como das fontes originais que permitiram a concretização dessa etapa inicial do Universo, só há pouco tempo começou a ser desvendado, graças às últimas observações e às simulações em computador.
6. De que maneira se formaram e evoluíram as galáxias? É uma das áreas da Astronomia e da Física onde se registaram mais progressos nos últimos anos, incluindo o nascimento de grupos de galáxias, 'enxames' e 'super-enxames' a partir da matéria escura. Mas há vários problemas ainda por resolver na teoria básica que explica todos estes processos.

Via Láctea
7. E a Via Láctea? Os astrónomos europeus consideram a Via Láctea e o grupo local de galáxias a que esta pertence como a área de teste ideal para definir com precisão os modelos de formação destes objectos. A nossa galáxia contém uma mistura complexa de estrelas, gás e poeira interestelares, matéria escura e planetas, distribuídos de forma desigual, com uma estrutura e uma dinâmica que nos podem revelar muito sobre a evolução do próprio Universo.
Plêiades e cometa
8. Como nasceram as estrelas? Uma teoria detalhada da formação das estrelas é uma peça fundamental para entendermos o nascimento das galáxias e dos planetas. Mas por enquanto temos apenas rudimentos dessa teoria, que pode explicar como a matéria interestelar difusa deu origem às estrelas e aos sistemas estelares que hoje conhecemos.
9. Como se formaram e evoluíram os sistemas planetários? A dinâmica dos discos de gases e poeiras que se formam à volta das estrelas, e que os cientistas acreditam ter um papel decisivo na criação de planetas, é ainda mal compreendida.
Galáxia Antennae
10. Qual é a diversidade de sistemas planetários na Via Láctea? O primeiro planeta extra-solar semelhante à Terra foi recentemente descoberto através de métodos de detecção indirectos, que já permitiram encontrar desde 1995 dezenas de planetas orbitando outras estrelas. Mas o objectivo final da pesquisa planetária passa pelas detecções directas através de telescópios e outros instrumentos que ainda não existem, bem como pela caracterização de planetas semelhantes à Terra em zonas habitáveis de sistemas semelhantes ao Sistema Solar.
11. Há evidência de vida nos planetas fora do Sistema Solar? Com os telescópios existentes é possível medir a composição química da atmosfera dos planetas extra-solares, mas as conclusões que se podem tirar quanto à existência de condições favoráveis à vida são ainda muito limitadas, sendo necessária uma nova geração de instrumentos de observação em terra e no espaço. As técnicas de detecção terão também de evoluir porque a vida poderá existir em condições diversas das que existem na Terra, em planetas com idades e composições diferentes.
12. Onde devemos procurar vida no Sistema Solar? É uma pergunta que se pode dividir em várias questões. Os cometas têm aminoácidos, matéria-prima essencial para que a vida possa emergir? A superfície e o subsolo de Marte tiveram água no passado? Se sim, a vida surgiu e desenvolveu-se, e podemos encontrar hoje sinais dela? Há vida à superfície de Europa (o satélite de Júpiter), que pode ter sido trazida pela actividade tectónica ou pelo impacto de meteoritos? Há outros satélites que possuem um oceano de água debaixo da sua calote gelada, e se sim qual é a sua profundidade?

estação espacial



1462 - Les Bienfaits de la lune(A Lua vista de Sul, José Manuel de Figueiredo)



La Lune, qui est le caprice même, regarda par la fenêtre pendant que tu dormais dans ton berceau, et se dit: "Cette enfant me plaît."Et elle descendit moelleusement son escalier de nuages et passa sans bruit à travers les vitres. Puis elle s'étendit sur toi avec la tendresse souple d'une mère, et elle déposa ses couleurs sur ta face. Tes prunelles en sont restées vertes, et tes joues extraordinairement pâles. C'est en contemplant cette visiteuse que tes yeux se sont si bizarrement agrandis; et elle t'a si tendrement serrée à la gorge que tu en as gardé pour toujours l'envie de pleurer.Cependant, dans l'expansion de sa joie, la Lune remplissait toute la chambre comme une atmosphère phosphorique, comme un poison lumineux; et toute cette lumière vivante pensait et disait: "Tu subiras éternellement l'influence de mon baiser. Tu seras belle à ma manière. Tu aimeras ce que j'aime et ce qui m'aime: l'eau, les nuages, le silence et la nuit; la mer immense et verte; l'eau uniforme et multiforme; le lieu où tu ne seras pas; l'amant que tu ne connaîtras pas; les fleurs monstrueuses; les parfums qui font délirer; les chats qui se pâment sur les pianos et qui gémissent comme les femmes, d'une voix rauque et douce!"Et tu seras aimée de mes amants, courtisée par mes courtisans. Tu seras la reine des hommes aux yeux verts dont j'ai serré aussi la gorge dans mes caresses nocturnes; de ceux-là qui aiment la mer, la mer immense, tumultueuse et verte, l'eau informe et multiforme, le lieu où ils ne sont pas, la femme qu'ils ne connaissent pas, les fleurs sinistres qui ressemblent aux encensoirs d'une religion inconnue, les parfums qui troublent la volonté, et les animaux sauvages et voluptueux qui sont les emblèmes de leur folie."(Charles Baudelaire)

Saturno visto contra o sol