segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Portugueses em missão de observação da Terra

Lusa


Engenheiros portugueses contribuem para numa nova missão espacial europeia de exploração da Terra, com um processador de dados crucial num satélite de recolha de indicadores de alterações climáticas a lançar no princípio de Novembro.
Esta "Missão da Água" da Agência Espacial Europeia (ESA), orçada em 315 milhões de euros, irá produzir observações globais da hidratação do solo em toda a massa terrestre e da salinidade dos oceanos, com aplicações práticas em áreas como a meteorologia, agricultura, pescas, marinha e gestão dos recursos de água.
Os dados a recolher pelo SMOS (acrónimo em inglês para Humidade do Solo e Salinidade Marinha) servirão para definir modelos físicos do comportamento do clima a nível planetário, a partir dos quais será possível extrair indicações sobre as correntes oceânicas, a desertificação, o degelo das calotas polares ou a previsão de fenómenos meteorológicos extremos.
O satélite - com lançamento previsto para 02 de Novembro na base militar russa de Plessetsk, perto de Moscovo - fornecerá mapas globais da hidratação do solo pelo menos a cada três dias e mapas da salinidade a cada 30 dias, o que levará a uma melhor compreensão do ciclo da água, nomeadamente dos processos de troca entre a superfície da Terra e a atmosfera.
O envolvimento de engenheiros portugueses no projecto começou em 2003, depois de um consórcio formado pela Deimos Engenharia e a Critical Software ter ganho um concurso europeu para o desenvolvimento do processador de dados de um aparelho produzido pela EADS CASA Espacio, em Espanha.
"Foi necessário criar todo um algoritmo bastante complexo para interpretar fisicamente os dados recolhidos pelo satélite", disse à Lusa o director da Deimos Engenharia, Nuno Ávila.
O objectivo do processador de dados "é pegar nas medições em bruto recolhidas pelo satélite, que consistem em sinais de rádio na frequência das micro-ondas emitidos pela superfície terrestre, e relacioná-las de forma muito específica para determinar em permanência a salinidade do mar e a humidade da terra", explicou.
Nas primeiras fases do contrato, que já vai em cerca de três milhões de euros, a Deimos Engenharia teve como parceira outra empresa portuguesa, a Critical Software, sendo que o INETI teve também uma pequena participação inicial.
Este projecto, segundo Nuno Ávila, é um dos "ex libris" da Deimos Engenharia por se tratar de "todo um sistema" e não apenas de uma parte. É que a empresa - criada em 2002 e que tem na ESA o seu principal cliente, embora já tenha vendido software à NASA - faz geralmente subsistemas.
"Neste caso, há um princípio, um meio e um fim", afirmou. "Todos os dados do SMOS passam pelo nosso processador".
Uma equipa de três engenheiros aeroespaciais e físicos da empresa estará no Centro de Controlo da ESA (ESAC) em Villafranca del Castilho, perto de Madrid, a receber os primeiros dados do satélite e a fazer, juntamente com outras equipas da ESA, a validação e afinação do algoritmo.
O satélite, cujo lançamento está marcado para as 01:50 (hora de Lisboa) de 02 de Novembro, ficará numa órbita polar, a 757 quilómetros de altitude.

Meteorito abre cratera de 20 metros na Letónia

Na noite de domingo, um meteorito caiu no norte da Letónia, abrindo uma cratera com 20 metros de diâmetro e dez de profundidade. Segundo a agência oficial Russa, RIA-Nóvosti, não há vítimas a registar.

O meteorito, que deverá ter cerca de um metro de diâmetro e uma massa de várias toneladas, aterrou numa quinta nos arredores da localidade de Mazsalaca, próxima da fronteira com a Estónia. As autoridades locais, que inicialmente não conseguiram precisar se se tratava de um meteorito ou de um fragmento de um satélite artificial, isolaram o perímetro.
À agência russa, Vladímir Svetsov, do Instituto de Dinâmica de Geosfera da Academia de Ciência da Rússia, assegurou que "o mais provável é que se trate de um meteorito de ferro com um diâmetro de cerca de um metro", e explicou que este tipo de corpo, por norma, não alcança a superfície terrestre, destruindo-se ainda na atmosfera.
O cientista acrescentou ainda que cerca de 10% dos meteoritos são de ferro e que choques com a Terra, semelhantes a este que agora aconteceu na Letónia, se registam com a frequência de uma vez por ano.



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Espaço: Painel diz que NASA deve largar a Lua, voar para outro lado

Washington, 22 Out (Lusa) - Um painel especial independente disse hoje que o plano da Agência Espacial norte-americana (NASA) para revisitar a Lua é a missão errada com o foguetão errado.

Esta comissão de peritos independentes nomeada pelo presidente Barack Obama, para examinar o programa de exploração espacial norte-americano tripulado divulgou hoje o seu relatório final que difere pouco do resumo já divulgado em Agosto e que concluiu haver um financiamento insuficiente.
No relatório, o presidente da comissão, Norman Augustine, antigo patrão do grupo Lockheed Martin, sustenta que faz mais sentido para a NASA considerar aterrar num asteróide vizinho ou numa das luas de Marte.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

NASA descobre planeta com moléculas orgânicas

Os cientistas da agência espacial NASA, detectaram moléculas básicas necessárias para a existência de actividade biológica num planeta gasoso, externo ao Sistema Solar.

De acordo com o centro tecnológico norte-americano Jet Propulsion Laboratory (JPL), este pode ser um grande avanço na descoberta de planetas onde é possível existir vida.

A agência espacial emitiu um comunicado onde explicita que o planeta não é habitado mas possui actividade química que, caso ocorresse num planeta rochoso como a Terra, poderia indicar a presença de vida.
"Este é o segundo planeta, fora do Sistema Solar, onde conseguimos descobrir água, metano e dióxido de carbono, elementos vitais para que existam processos biológicos em planetas habitados", clarifica Mark Swain, cientista do JPL, acrescentando que a a detecção destes compostos em exoplanetas "coloca a possibilidade de encontrar moléculas similares às responsáveis pelo aparecimento de vida".
O planeta foi identificado como HD 209458b, um corpo gasoso maior que Júpiter, encontrando-se em órbita de uma estrela a 150 anos-luz, na constelação de Pégasus.
Em Dezembro de 2008, os cientistas do JPL tinham já descoberto dióxido de carbono num exoplaneta gasoso do tamanho de Júpiter, o qual recebeu o nome HD 189733b.
A presença de moléculas orgânicas foi detectada com uma câmara de infravermelhos existentes no telescópio espacial Hubble. O espectrómetro existente noutro satélite, o Spitzer, mediu a quantidade de moléculas existentes.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

32 novos planetas



Veja este filme


A descoberta de 32 novos planetas extra-solares foi hoje anunciada por uma equipa internacional de investigadores, da qual faz parte o português Nuno Cardoso Santos do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP).

O anúncio foi feito no âmbito de um colóquio/apresentação na qual participaram vários jornalistas internacionais por vídeo-conferência - realizado no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garret, no Porto - que começou hoje e termina quinta-feira.
Nuno Cardoso Santos, que é também professor afiliado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, disse que se trata "da descoberta de 32 novos planetas extra-solares a orbitar outras estrelas" e que com esta inovação ultrapassou-se "a barreira dos 400 planetas" identificados.
Esta descoberta aconteceu no âmbito do projecto HARPS, um "instrumento único com um espectrógrafo de alta precisão construído para procurar planetas semelhantes à Terra", que está instalado num telescópio da ESO - Observatório Europeu do Sul - em La Silla, Chile.
O investigador português explicou, em linguagem simples, a técnica utilizada pelo HARPS nesta procura, salientando que "não é só o planeta que orbita a estrela mas a estrela também orbita o planeta" e que por isso a estrela "vai oscilar no céu, umas vezes afastando-se de nós, outras aproxima-se".
"A velocidade da estrela vai variar periodicamente se ela tiver um planeta à sua volta", concluiu Nuno Cardoso Santos que aclarou que é através da medição dessa mesma velocidade que se pode detectar novos planetas.
"Estamos a dar passos muito importantes na participação num consórcio que vai construir um novo instrumento - Espresso - o que significa um salto qualitativo e vai permitir descobrir outros planetas habitáveis, parecidos com a terra, a orbitar estrelas parecidas com o nosso sol", sustentou o investigador português, doutorado em Astronomia e Astrofísica, que avançou com 2014 como a data em que este novo projecto estará pronto.



Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, disse hoje estar convencido que "que há vida noutros planetas" e que uma boa aproximação à confirmação desta teoria seria "encontrar vestígios de vida na atmosfera dos planetas detectados".



Para isso - acrescentou - são necessários "enormes telescópios, provavelmente no espaço", sendo este um processo que "demorará pelo menos 20 anos, para ter o projecto aceite, conseguir o dinheiro, construir e mandar os telescópios para o espaço".

sábado, 17 de outubro de 2009

Jogo «on line» testa conhecimentos sobre o Cosmos

Google junta-se às comemorações do Ano Internacional da Astronomia 2009

No âmbito do Ano Internacional da Astronomia 2009, a Google criou, juntamente com a Planetário de Madrid, a Cosmocaixa e a Agrupación Astronómica de Madrid, o jogo «A Aventura do Universo».

Este jogo on line que está disponível a partir de hoje, em espanhol, é um instrumento útil para testar os conhecimentos sobre o Cosmos.




O jogo consiste em responder a 20 perguntas (de um total de 200) e é apresentado como uma ferramenta tanto lúdica como didáctica para professores e alunos (do ensino secundário ou superior).
Enquanto se responde às perguntas também se viaja através do universo, graças à aplicação Google Sky.
Depois de responder a cada pergunta, o jogador fica a saber a resposta correcta e a devida explicação.
Graficamente, o jogo é muito aliciante pois inclui várias imagens de agências espaciais e observatórios astrológicos.
«A Aventura do Universo» vai estar disponível até ao final deste ano.

As mais recentes descobertas do HARPS

Instrumento de alta resolução procura planetas semelhantes à Terra


Na próxima segunda-feira, uma equipa internacional de investigadores, da qual faz parte Nuno Cardoso Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), vai anunciar em conferência de imprensa as mais recentes descobertas do HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher).

A iniciativa a decorrer no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garret tem início às 12h45. Para além de Nuno Cardoso Santos, vão também estar presentes Stéphane Udry (Observatório de Genebra) e Xavier Bonfils (Laboratório de Astrofísica de Grenoble). Aos investigadores presentes no Porto, junta-se em videoconferência, a partir da Alemanha, Henri Boffin do Observatório Europeu do Sul (ESO).

O HARPS é um instrumento único, com um espectrógrafo de alta precisão, construído para procurar planetas semelhantes à Terra, à volta de estrelas do tipo solar. Está instalado no telescópio, no Observatório de La Silla do ESO, situado no Chile.
Cardoso Santos é responsável pela equipa de investigação «Origem e Evolução das Estrelas e Planetas» do CAUP, desenvolvendo estudos na área dos exoplanetas (planetas extra-solares). O investigador lidera ainda o consórcio português envolvido no projecto ESPRESSO (Echelle SPectrogaph for Rocky Exoplanet and Stable Spectroscopic Observations) para o ESO, que tem por objectivo procurar e detectar planetas parecidos com a Terra, capazes de suportar vida.
O anúncio realiza-se no âmbito da conferência «Towards Other Earths- Perspectives and Limitations in the ELT Era» que se realiza entre segunda e terça-feira, na cidade do Porto.


Picture Gallery:

Press Releases:
http://www.eso.org/public/outreach/press-rel/
Events:
http://www.eso.org/public/events/
Paranal:
http://www.eso.org/paranal
La Silla:
http://www.ls.eso.org/
VLT and La Silla Instruments:
 http://www.eso.org/sci/facilities/
Phase 1 and Phase 2 Proposal Preparation:
 http://www.eso.org/sci/observing/
Data Processing and Products:
 http://www.eso.org/sci/data-processing/
Science Activities:
http://www.eso.org/sci/activities/

hubble

http://www.pbs.org/wgbh/mt4/mt-search.cgi?search=hubble&IncludeBlogs=50&limit=20











quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Alterações climáticas irreversíveis

http://recursos-energeticos.blogspot.com/



UE e Coreia do Sul acordam cooperação espacial

A Agência Espacial Europeia (ESA) irá cooperar com a Coreia do Sul nas áreas de prospecção espacial e observação terrestre, anunciou hoje Jean-Jacques Dordain, director-geral da agência espacial da União Europeia.

«A cooperação estará centrada no uso das estações terrestres para o acompanhamento dos lançamentos europeus da partir da Guiana Francesa e a troca de dados obtidos de satélites orbitais», revelou o chefe da ESA no Congresso Internacional de Astronáutica, realizado na Coreia do Sul.
Esta é a primeira vez que há um acordo similar com um país asiático. Este permitirá o acompanhamento do lançamento do foguete europeu Ariane a partir da Coreia do Sul.Até ao momento, os centros não europeus que seguem a trajectória do Ariane localizam-se no Peru e África do Sul.
Segundo o director-geral da ESA, será benéfico para ambas as partes a pesquisa de desastres naturais e a partilha de dados obtidos de satélites de observação nos campos das alterações climáticas.



A Coreia do Sul tem em órbita um satélite de observação de alta-resolução e planeia lançar muitos mais nos próximos anos. Já a ESA tem previsto três lançamentos para o próximo ano.



Na 60ª edição do Congresso Internacional de Astronáutica, que termina sexta-feira na cidade sul-coreana de Daejon, a 164 quilómetros de Seul, os participantes concordam com a importância de monitorizar as alterações da atmosfera e do clima resultantes do aquecimento global.

«Beleza e dinâmica do mundo» em ciclo de conferências

No âmbito do Ano Internacional da Astronomia 2009, arranca amanhã na Fundação Gulbenkian o novo ciclo de conferências «Nas Fronteiras do Universo». O tema desta primeira conferência, proferida por Alfredo Barbosa Henriques, é «O Universo de Einstein» e tem lugar às 18h00, no Auditório 2.

O físico e investigador do Centro Multidisciplinar de Astrofísica (Centra), da Universidade Técnica de Lisboa, vai abordar o contributo fundamental para a Cosmologia do autor da Teoria da Relatividade e da equação E=mc2, uma das mais famosas da história da Física.
Passados 400 anos da primeira utilização do telescópio para observações astronómicas por Galileu, a Gulbenkian organiza estas conferências, “dar a conhecer a todos o mundo em que vivemos, a sua beleza e a sua dinâmica, mas também o entusiasmo e a imaginação daqueles que diariamente interrogam e questionam as suas fronteiras”, diz João Caraça, director do serviço de Ciência desta Fundação.
Em colaboração com a Associação Cientistas no Mundo e o Centro Ciência Viva de Constância, a Fundação vai receber mensalmente, até Fevereiro de 2010, personalidades da área científica para o desenvolvimento de temas relacionados com Astronomia.
O ciclo prossegue em Novembro com a conferência «Da Ilha do Príncipe aos Confins do Universo», que tomará como ponto de partida a expedição que levou Eddington à Ilha do Príncipe, para fotografar o eclipse total do Sol que ocorreu a 29 de Maio de 1919.
Este registo permitiu ver que os raios de luz se curvavam na presença de matéria de grande densidade, um resultado que ia ao encontro da previsão de Einstein e que constitui um primeiro reconhecimento na comunidade científica da sua teoria.

Hubble capta colisão de galáxias


Durante o choque formam-se novas estrelas


Mais uma imagem magnífica que nos chega do Espaço: a 250 milhões de anos-luz da Terra duas galáxias em espiral, semelhantes à Via Láctea, colidiram. Deste choque resultou a nova galáxia NGC 2623 ou Arp 243.

A imagem foi capturada pelo telescópio espacial Hubble, um projecto conjunto da NASA e da Agência Espacial Europeia.
Os estudos revelam que quando as galáxias se aproximam uma da outra, a grande quantidade de gás libertado por cada uma é puxado para o centro da outra, até se fundirem numa única galáxia.
Na imagem capturada pelo Hubble pode ver-se o último estádio deste processo, onde os dois centros se vão tornar em apenas um núcleo.
Durante a colisão, a troca de massa e gases provoca a formação de estrelas, o que se pode ver nas caudas das galáxias em choque.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Projéctil da NASA colide com a Lua para descobrir água

A NASA lançou hoje de encontro à Lua um projéctil de 2,3 toneladas. O objectivo é descobrir, através deste impacto, se existe água no satélite natural da Terra.





Às 12.31, hora portuguesa, o projéctil Centaur embateu a grande velocidade numa cratera da Lua; quatro minutos mais tarde, a sonda LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite), chocou com o solo na cratera Cabeus. Apesar do impacto, os instrumentos a bordo poderão determinar a composição da matéria projectada pelo choque e analisar eventuais vestígios de água.

Outra sonda, a LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), lançada em Junho juntamente com a LCROSS a bordo do foguetão Atlas V, deverá traçar um mapa detalhado da Lua. As duas sondas separaram-se após o lançamento, e a LRO colocou-se rapidamente em órbita do satélite da Terra, enquanto a LCROSS prosseguiu viagem até à colisão.

Os dois aparelhos fazem parte da missão preparatória do programa 'Constellation', que tem por objectivo o regresso americano à Lua em 2020. No entanto, uma comissão de especialistas nomeada por Barack Obama já colocou objecções a esta meta, devido às elevadas quantias que deverão ser investidas.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Impacto de foguetão na Lua transmitido em directo

Projecto da NASA pode amanhã atingir o seu objectivo: confirmar a existência de água no subsolo lunar

O foguetão do Satélite de Detecção e Observação de Crateras Lunares (LCROSS), da NASA, vai embater amanhã na Lua. Este projecto da Agência Espacial Norte-americana tem como objectivo confirmar a existência de água no subsolo da Lua. O impacto vai acontecer às 11h30 (hora de Portugal continental) e terá transmissão em directo on line na NASA TV.

O local do impacto será a cratera Cabeus, perto do pólo sul lunar. A NASA vai conduzir o LCROSS e o seu foguetão Centauro para o solo da cratera o que proporcionará um espectacular duplo impacto.
A emissão da NASA tem início às 10h15. A primeira hora vai ser preenchida com comentários de especialistas, reportagens do estado da missão e apresentação de imagens das câmaras do satélite.
O impacto está programado para as 11h30. O foguetão Centauro vai “atacar” a superfície lunar e transformar 2200 quilogramas de massa e 10 mil milhões de joules de energia cinética num clarão de luz e calor.
Os investigadores esperam que o impacto expele uma nuvem de detritos que alcancem os 10 quilómetros de altura.
Mesmo em cima do acontecimento, a nave mãe vai fotografar a colisão e depois voar em direcção aos fragmentos.

Os espectrómetros que estão dentro da nave analisarão a nuvem para tentar encontrar sinais de água (H2O), fragmentos de água (OH), sais, argilas, minerais hidratados e moléculas orgânicas. A sonda vai acabar por embater também contra a superfície lunar.


Tony Colaprete, o investigador principal da missão afirma: “Se existir água ou outra coisa interessante, vamos encontrá-la”.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Blog Action day este ano alerta para alterações climáticas

Comissão Nacional do AIA2009 pretende dar continuidade ao projecto

No decorrer do sucesso que tem sido o Ano Internacional da Astronomia (AIA2009), está a ser promovido um encontro intitulado “AIA: e depois de 2009?”, que se realizará no próximo sábado, dia 10 de Outubro, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.


Esta iniciativa está a ser levada a cabo pela Comissão Nacional do AIA2009 e pretende juntar astrónomos amadores, astrofísicos, investigadores, promotores de actividades e o público em geral para a discussão e partilha de ideias sobre a melhor forma de fazer chegar a Astronomia a todos, preservando a sua promoção no futuro.

“É uma forma de capitalizar o trabalho realizado em 2009, através da conversa e discussão entre os intervenientes do mundo da Astronomia”, refere ao Ciência Hoje Rosa Doran, membro do Secretariado Nacional do AIA2009. “A presença dos vários actores do AIA2009 neste importante momento de reflexão é fundamental para assegurar que este projecto deixa uma substancial contribuição como legado”, acrescenta ao nosso jornal João Fernandes, Presidente da Comissão para o AIA2009.

Rosa Doran frisa que “há várias ideias para continuar este projecto, desde que o canal continue aberto. Estamos a tentar mostrar que a possibilidade continua viva”.

Deste modo, a Comissão Nacional do AIA2009 pretende dar seguimento às actividades desenvolvidas, como a realização de palestras e sessões de observação e a formação de professores. Neste âmbito, será lançada em Dezembro um projecto designado por "Rede de Contactos" que pretende congregar num único portal a informação astronómica portuguesa e disponibilizá-la ao grande público. “ Este programa ainda está a ser pensado e neste encontro vamos ouvir as sugestões dos principais intervenientes a fim de aprimorá-lo”, salienta Rosa Doran.

Em relação às expectativas para este encontro, João Fernandes declara que “a principal situa-se ao nível das conclusões que tiraremos durante o dia. Essas poderão ser os alicerces de uma estratégia de divulgação em Astronomia para os próximos anos."

Programa do encontro
O encontro inicia-se às 11horas, com um balanço das actividades do AIA2009 feito por Miguel Avillez e por João Fernandes, membros do AIA2009. Segue-se Rosa Doran que recapitulará as diferentes directivas votadas durante o Verão pela International Astronomical Union (IAU). Ainda durante a manhã serão apresentados o projecto "Portal to the Universe"e os resultados do programa "Astronomia no Verão", uma actividade astronómica que tem sido continuada ao longo de vários anos em Portugal.

À tarde, os participantes serão presenteados com uma visita às exposições do Museu da Ciência e com uma discussão livre, onde poderão partilhar ideias e as dificuldades encontradas ao longo das acções de aproximação do público à Astronomia.

A participação no "AIA: e depois de 2009?" é gratuita e aberta ao público, contudo os participantes deverão fazer uma inscrição prévia através do e-mail aia2009@mat.uc.pt .



NASA revela anel gigante de Saturno

Cientistas da NASA descobriram um anel gigante em torno de Saturno. Esta auréola, nunca antes vista, é a maior que envolve o planeta e tem um diâmetro de 240 mil quilómetros. Seriam necessárias mil milhões de Terras para encher o anel.





Apesar de ser quase invisível, visto que é constituído por gelo e partículas de pó espacial bastante separadas, foi detectado graças ao brilho provocado pela poeira perante as radiações térmicas usadas por uma câmara de infra-vermelhos a bordo do satélite Spitzer.

A parte mais densa do anel localiza-se a seis milhões de quilómetros de Saturno e estende-se por 12 milhões de quilómetros. A sua altura é vinte vezes maior do que o diâmetro do planeta que envolve. Outra peculiaridade do anel recém-descoberto é que está a 27 graus de inclinação do eixo central e mais visível do anel principal de Saturno.

"Se fosse visível a partir da Terra, veríamos o anel com a largura de duas luas cheias, com Saturno no meio", referiu a astrónoma Anne Verbiscer, autora do artigo publicado na Nature sobre esta descoberta.

Os cientistas acreditam que a lua Phoebe, que orbita em torno de Saturno, através dos materiais que liberta quando é atingida por cometas, é a principal contribuinte para a formação deste anel gigante.

Esta descoberta poderá vir a revelar um dos maiores mistérios da astronomia, que envolve a Lua de Iapetus, caracterizada por ter um lado claro e outro bastante escuro. Segundo a equipa de Anne Verbiscer, o anel gira na mesma direcção de Phoebe e no sentido contrário de Iapetus, fazendo com que o material do anel colida com esta última. Isto poderá explicar a sua diferente coloração.

Espanha descobre novo cometa depois de 77 anos

A União Astronómica Internacional (IAU) baptizou o corpo celeste de 2009QG31La Sagra

O Observatório Astronómico de Maiorca, Espanha, encontrou um cometa desconhecido. A notícia é duplamente importante pois, além de ser um novo achado, é a primeira vez desde 1932 que se faz em Espanha a descoberta de um cometa.







Este corpo celeste de 12 mil quilómetros de diâmetro (quase o tamanho da Terra) foi detectado em flagrante, admitem os astrónomos, a 170 milhões de quilómetros, na constelação de Aquário. Este «flagrante» deu-se pelo facto de o cometa se aproximar do sol a cada 6,77 anos.

O cometa tem um núcleo que mede entre dois e três quilómetros e deixa atrás de si um rasto de pó e gás de 12 mil quilómetros de diâmetro pois a radiação solar provoca a sua desintegração. A União Astronómica Internacional (IAU) baptizou o cometa como 2009QG31La Sagra.

A descoberta foi feita a partir da estação sofisticada de telescópios que o Observatório Astronómico de Maiorca tem em La Sagra, na Serra de Granada, e que se dedica ao rastreio de corpos menores do sistema solar (principalmente asteróides que se aproximam da Terra).

China apresenta o mais completo mapa lunar


O programa chinês entra agora na sua segunda fase que inclui a colocação de um veículo na Lua



 
Está terminado o mais completo mapa da superfície lunar. A sonda chinesa Chang’e 1 filmou mais de nove milhões de unidades de informação com as quais os cientistas elaboraram um planisfério de três quilómetros por pixel de resolução.

Segundo a agência oficial Xinhua, o mapa será utilizado por especialistas chineses para o estudo da formação geológica da Lua e a sua evolução.
O mapa é também “uma base para o estabelecimento de futuros projectos científicos” da China na Lua, realçou o investigador Liu Xianlin, chefe da equipa de especialistas que realizou o trabalho cartográfico.
O programa espacial lunar chinês prepara-se agora para iniciar a sua segunda fase, que inclui a colocação de um veículo na Lua para recolha de amostras do solo.
Centro espacial de Wenchang estará concluído em 2013
No futuro, ainda sem data concreta definida, o país asiático pretende enviar uma missão tripulada ao satélite da Terra.
A China é hoje um dos países mais ambiciosos no que diz respeito à exploração lunar. De recordar que no passado dia 14, Pequim anunciou o início da construção na cidade de Wenchang daquele que será o seu quarto centro espacial. O complexo estará concluído em 2013.




Telescópio da Nasa poderá ter captado formação de novo planeta

Astrónomos norte-americanos testemunharam um estranho comportamento à volta de uma estrela, não conseguindo determinar se era uma outra estrela ou um planeta.


A observação, com o Spitzer Space Telescope da Nasa, revelou material de formação de um novo astro, ou seja, uma rara espreitadela, praticamente única, sobre os primeiros estados de formação de um planeta.

Novas descobertas na superfície da Lua

Foram descobertas partículas de água na superfície da Lua, segundo uma nova investigação cujos resultados foram revelados ontem. Este estudo vem contrariar as conclusões científicas anteriores, que afirmam que o solo lunar estaria seco, exceptuando-se o gelo nos pólos.

Ano Internacional da Astronomia

Nos próximos dois fins-de-semana, os satélites do gigante gasoso Júpiter podem ser facilmente observados no território português. O projecto «E agora eu sou Galileu», do Ano Internacional da Astronomia (AIA2009), vai promover passeios guiados pelo céu em Aveiro, Barreiro, Bragança, Coimbra, Constância, Mira, Olhão, Porto e São Pedro do Estoril.

Anéis de Saturno têm saliências do tamanho de montanhas

Sonda Cassini detectou estas protuberâncias durante o equinócio do planeta

Durante o equinócio do planeta Saturno que decorreu o mês passado, e esperado há já 15 anos, a sonda espacial Cassini revelou que os anéis do planeta possuem grandes saliências.




Essas são sensivelmente do tamanho de montanhas terrestres. Até esta descoberta, divulgada agora pelo Laboratório de Propulsão a Jacto (da NASA), os cientistas acreditavam que os anéis eram praticamente planos.



O equinócio permitiu ter uma perspectiva completamente nova sobre este planeta. Dia 11 de Agosto a luz do Sol iluminou de frente anéis constituídos de rochas e gelo que nesse momento pareceram desaparecer como acontece quando se olha de perfil para uma folha de papel (ver vídeo).



Na observação deste fenómeno, os cientistas conseguiram distinguir protuberâncias no perfil dos anéis. Admitem mesmo que foi “surpreendente” ver tantos locais de relevo vertical tanto para cima como para baixo.



Entender completamente estes elementos vai ainda demorar algum tempo. Contudo, os cientistas deste projecto conjunto da NASA, da Agência Espacial Europeia e a de Itália, afirmam que as imagens podem ajudar a conhecer a idade dos anéis e a forma como evoluíram. Uma das saliências descobertas mede em altura 4000 metros.

Astrónomos e curiosos de olhos postos em Júpiter

Um dos achados mais importantes deste ano na astronomia foi a detecção de um violento impacto de um asteróide ou cometa na superfície de Júpiter. A descoberta foi feita por um observador amador. Entre 22 e 24 de Outubro, milhares de pessoas em todo o mundo vão ter oportunidade de observar este planeta gasoso gigante. A iniciativa «Noites de Galileu» insere-se no projecto «E agora eu sou Galileu», do Ano Internacional de Astronomia 2009 (AIA2009).