quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Astrónomos descobrem «esqueleto» cósmico

A sete mil milhões de anos-luz da Terra existe uma concentração de galáxias, descoberta agora por uma equipa de astrónomos do Observatório Europeu Austral (ESO). A descoberta foi possível devido à combinação dos mais poderosos telescópios terrestres, o VLT (do deserto de Atacama, Chile) e o Subaru, do observatório Mauna Kea (Japão).


Masayuki Tanaka, responsável pelo estudo, agora publicado na «Astronomy & Astrophysics», explica que a matéria não está distribuída uniformemente no Universo: “Na nossa vizinhança cósmica as estrelas formam galáxias e as galáxias formam agrupamentos”.
A teoria actualmente mais aceite defende que “a matéria pode acumular-se nas chamadas redes cósmicas, onde as galáxias, encaixadas umas nas outras através de filamentos criam gigantescas estruturas”.
Os filamentos, que têm milhões de anos-luz de comprimento, constituem o esqueleto do Universo. As galáxias agrupam-se à volta desses filamentos ao mesmo tempo que agrupamentos cósmicos se formam nas suas intersecções, à espera de matéria para digerir.

Cientistas tentam agora determinar como nascem esses agrupamentos. Esta descoberta vai permitir aprofundar o conhecimento sobre a rede de galáxias no Universo.

A equipa de Tanaka descobriu esta grande estrutura em imagens obtidas anteriormente. Para esta investigação, utilizaram os dois telescópios para estudar a estrutura em pormenor, medindo a distância da Terra às 150 galáxias, e obtendo, assim, uma imagem tridimensional.
Graças a estas e outras observações, foram capazes de fazer um estudo demográfico da estrutura e identificaram grupos de galáxias que circundam o aglomerado principal de galáxias.
Distinguir dezenas de grupos, a maior parte deles com dez vezes mais massa do que a nossa Via Láctea. Outros tinham mil vezes mais massa. Alguns dos grupos estão a ser puxados pela gravidade do grupo principal.

Artigo: The spectroscopically confirmed huge cosmic structure em http://www.aanda.org/index.php?option=article&access=doi&doi=10.1051/0004-6361/200912929




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